Ibovespa: índice fechou na segunda-feira, 10, com alta de 0,77%, aos 155.257 pontos (Germano Lüders/Exame)
Redação Exame
Publicado em 11 de novembro de 2025 às 12h34.
Última atualização em 11 de novembro de 2025 às 12h36.
O Ibovespa opera em alta nesta terça-feira, 11, dando sequência à série positiva que levou o índice a renovar recordes na véspera. Às 12h34, o principal indicador da B3 subia 1,52%, aos 157.620
pontos. Por volta das 11h30, o Ibov renovou a máxima intraday aos 158.467 pontos. O índice encerrou a segunda-feira, 10, com avanço de 0,77%, aos 155.257 pontos — o 14º pregão consecutivo de ganhos e o 11º recorde histórico de fechamento.
No câmbio, o dólar mantinha o movimento de queda observado no início da semana. Às 12h34, a moeda americana recuava 0,64%, cotada a R$ 5,273, após ter fechado a segunda-feira em baixa de 0,55%, a R$ 5,307.
Nos Estados Unidos, o feriado do Dia do Veterano mantém fechado o mercado de Treasuries nesta terça-feira, 11, mas as bolsas em Wall Street funcionam normalmente.
A tendência é de que os negócios sigam refletindo o otimismo com o fim próximo do shutdown do governo americano. O projeto para reabertura do governo passou ontem à noite no Senado e deve ser votado na Câmara nos próximos dias.
No mundo corporativo, o destaque é o anúncio do conglomerado japonês SoftBank de que vendeu totalmente sua participação na americana Nvidia por US$ 5,83 bilhões. A operação, realizada em outubro, envolveu 32,1 milhões de ações da fabricante de semicondutores.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que é o indicador oficial da inflação no Brasil, fechou o mês de outubro em baixa de 0,09%, uma desaceleração de 0,39 ponto percentual em comparação ao índice de 0,48% registrado em setembro. O resultado é o menor índice de outubro desde 1998, quando foi registrado 0,02%.
A inflação acumula alta de 4,68% nos últimos 12 meses, valor inferior aos 5,17% observados no período anterior. No ano, o IPCA acumula alta de 3,73%. Em outubro de 2024, a variação negativa foi de 0,56%.
O resultado veio abaixo da expectativa do mercado financeiro, que esperava uma baixa em 0,16% no mês. Os dados foram divulgados nesta terça-feira, 11, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Os diretores do Banco Central (BC) afirmaram nesta terça-feira, 11, na ata do Comitê de Política Monetária (Copom), que a taxa de juros deve continuar nos 15% nas próximas reuniões com o cenário externo ainda incerto e o doméstico em trajetória de moderação no crescimento da atividade econômica, mas com um mercado de trabalho ainda dinâmico.
"Na medida em que o cenário tem se delineado conforme esperado, o Comitê dá prosseguimento ao estágio em que opta por manter a taxa inalterada por período bastante prolongado, mas já com maior convicção de que a taxa corrente é suficiente para assegurar a convergência da inflação à meta", diz a ata.
A MBRF (MBRF3), resultante da fusão entre Marfrig e BRF, divulgou nesta segunda-feira, 10, seu primeiro balanço como companhia combinada. O lucro líquido foi de R$ 94 milhões no terceiro trimestre de 2025, uma queda de 62% em relação ao mesmo período de 2024. A base de comparação é pro forma, já que os negócios operavam em separado no ano passado.
Já a Azzas 2154 registrou lucro líquido recorrente de R$ 201,3 milhões no terceiro trimestre de 2025. A cifra é 22,9% maior que a registrada no mesmo trimestre de 2024, de R$ 163,8 milhões. A base de comparação é pro forma, já que Arezzo e Soma operaram como empresas distintas em parte desse período, até se juntarem e formarem o conglomerado de moda.
A Itaúsa (ITSA4) registrou lucro líquido recorrente de R$ 4,12 bilhões no terceiro trimestre de 2025, um crescimento de 6% na comparação com igual etapa de 2024, informou a holding controladora do Itaú Unibanco nesta segunda-feira, 10.
O BTG Pactual (do mesmo grupo de controle da EXAME) registrou lucro líquido de R$ 4,5 bilhões no terceiro trimestre de 2025. A cifra é 41,5% maior do que a registrada no mesmo período do ano passado e, com ela, o banco bateu mais um recorde trimestral.
A Natura (NATU3) registrou prejuízo líquido recorrente de R$ 119 milhões no terceiro trimestre de 2025, revertendo lucro de R$ 301 milhões de um ano antes, devido às pressões sobre receita e rentabilidade, além do aumento das despesas financeiras.
A Porto (PSSA3) registrou lucro líquido de R$ 832 milhões no terceiro trimestre de 2025, número 13% acima do registrado um ano antes.
A Braskem (BRKM5) reduziu o prejuízo líquido de R$ 267 milhões, do terceiro trimestre do ano passado, para R$ 26 milhões no período encerrado no último mês de setembro.
Após o fechamento, será a vez de B3, Boa Safra Sementes, Cury, CVC, EcoRodovias, Eneva, Gol, Jalles Machado, Taesa e Vamos divulgarem seus resultados.
Os mercados da Ásia-Pacífico fecharam sem direção única nesta terça-feira, 11, após os ganhos registrados no pregão anterior. Os índices Nikkei 225 e Topix, do Japão, avançaram 0,13%.Entre as ações de destaque, SoftBank ganhou 1,98% e Renesas Electronics, 1,14%.
Na Coreia do Sul, o Kospi teve alta de 0,81%, impulsionado por papéis de tecnologia como Samsung Electronics (+2,88%) e SK Hynix (+2,15%). O Kosdaq, porém, recuou 0,46%.
Na Austrália, o S&P/ASX 200 caiu 0,19%, enquanto o Hang Seng, de Hong Kong, avançou 0,18%, e o CSI 300, da China continental, recuou 0,91%. Na Índia, o BSE Sensex subiu 0,40%, e o Nifty 50, 0,47%.
Na Europa, as bolsas operavam em alta com o otimismo em torno do fim da paralisação do governo dos Estados Unidos. Por volta das 12h34 (horário de Brasília), o Stoxx 600 avançava 1,10%, o FTSE 100, de Londres, subia 0,99%, o CAC 40, de Paris, 1,26%, e o DAX, de Frankfurt, 0,43%.
Em Nova York, os índices operavam mistos após um forte pregão na véspera. Às 12h34, o Dow Jones subia 0,32%, o S&P 500 recuava 0,35%, e o Nasdaq 100 caía 0,80%.