Ibovespa: mercado repercutiu IPCA de setembro (Eduardo Frazão/Exame)
Redação Exame
Publicado em 9 de outubro de 2025 às 17h20.
Última atualização em 9 de outubro de 2025 às 17h21.
O Ibovespa fechou em queda nesta quinta-feira, 9. O principal índice da B3 caiu 0,31%, aos 141.708 pontos. Na véspera, o índice fechou em alta de 0,56%, aos 142.145 pontos. O dólar fechou em alta de 0,58% cotado a R$ 5,375.
Nesta sessão, os investidores repercutiram o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de setembro, que subiu 0,48%, e a divulgação da pesquisa Genial/Quaest sobre os cenários eleitorais de 2026.
A agenda internacional seguiu marcada pela paralisação do governo dos Estados Unidos e pelas expectativas em torno da política monetária americana.
No ambiente geopolítico, o anúncio de um acordo entre Israel e Hamas para a libertação de reféns também dominou as manchetes.
No Brasil, a manhã começou com a divulgação da pesquisa Genial/Quaest às 7h, que mostrou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ampliando a vantagem e mantendo a liderança em todos os cenários de primeiro e segundo turno para a eleição presidencial de 2026.
A pesquisa confirma um cenário de estabilidade do presidente nos cenários eleitorais. A vantagem de Lula varia entre nove e 23 pontos percentuais, a depender do adversário. Na pesquisa anterior, a diferença máxima era de 19 pontos e a mínima de sete.
O IPCA, que é o indicador oficial da inflação no Brasil, fechou o mês de setembro em alta com 0,48%, uma aceleração de 0,59 ponto percentual em comparação ao índice de 0,11% registrado em agosto. Em setembro de 2024, a variação negativa foi de 0,44%.
A inflação acumula alta de 5,17% nos últimos 12 meses, valor superior aos 5,13% observados no período anterior. No ano, o IPCA acumula alta de 3,64%.
O resultado veio levemente abaixo da expectativa do mercado financeiro, que esperava uma alta de 0,52% no mês. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira, 9, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
No cenário político, o presidente Lula concentrou a agenda na Bahia, com visita às instalações da BYD em Camaçari e inauguração de fábrica. À tarde, Lula participou de anúncios em Maragogipe, enquanto o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, discursou no Fórum Brasileiro das Incorporadoras em São Paulo.
No exterior, dirigentes do Fed voltam a falar ao longo do dia. A governadora Michelle Bowman participou de dois eventos ao longo do dia.
No começo da tarde, foi a vez de Neel Kashkari, presidente do Fed de Minneapolis, ao lado do diretor Michael Barr. A agenda se encerra com a presidente do Fed de São Francisco, Mary Daly, que fala às 22h40 sobre a economia americana.
Na Ásia, as bolsas fecharam majoritariamente em alta, impulsionadas pelo rali das ações do conglomerado de tecnologia SoftBank após o anúncio da compra da divisão de robótica da ABB por US$ 5,4 bilhões.
No Japão, o Nikkei 225 subiu 1,80% e o Topix avançou 0,68%. Na China, o CSI 300 ganhou 1,48% com forte desempenho de empresas de matérias-primas após Pequim endurecer as regras para exportação de terras-raras.
O Hang Seng Index caiu 0,29%, mesmo com a disparada das ações do Hang Seng Bank em meio à proposta de privatização feita pelo HSBC. Na Índia, o BSE Sensex avançou 0,49% e o Nifty 50 subiu 0,54%, enquanto o S&P/ASX 200 da Austrália teve alta de 0,25%. Os mercados da Coreia do Sul ficaram fechados por feriado.
Na Europa, os índices fecharam em queda. O Stoxx 600, referência do continente, recuou 0,37%, enquanto o DAX caiu 0,02% em Frankfurt, o FTSE 100 perdeu 0,50% em Londres e o CAC 40 teve baixa de 0,23% em Paris.
Nos Estados Unidos, os índices fecharam em queda. O Dow Jones recuou 0,52%, enquanto o S&P 500 perdeu 0,28% e o Nasdaq 100 caiu 0,08%, após o rali de tecnologia que levou a Nasdaq a superar os 23 mil pontos pela primeira vez na sessão anterior.