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Com payroll bem abaixo do esperado, Ibovespa opera em alta após renovar máxima intraday

Criação de vagas de empregos nos Estados Unidos em agosto veio muito abaixo das expectativas, consolidando a expectativa de corte de juros este mês pelo Fed

Painel de cotações na B3 (Germano Lüders/Exame)

Painel de cotações na B3 (Germano Lüders/Exame)

Publicado em 5 de setembro de 2025 às 12h15.

Última atualização em 5 de setembro de 2025 às 12h17.

Nesta sexta-feira, 5, o Ibovespa opera em alta de 0,69% aos 141.968 pontos às 12h. Por volta das 10h30, o índice atingiu a máxima intraday no dia subindo 1,09%, aos 142.529 pontos. A semana teve três dias de baixa do Ibovespa, mas nesta quinta-feira, 4, o índice recuperou boa parte do que havia perdido, com avanço de 0,81% - foi a primeira alta do mês.

Ibovespa hoje

  • Ibov: +0,69%, aos 141.968 pontos
  • Dólar: -0,64%, a R$ 5,412

No radar hoje

O grande destaque do pregão é a avaliação do relatório de empregos nos Estados Unidos, o payroll. A economia dos Estados Unidos criou 22 mil vagas de emprego fora do setor agrícola em agosto, bem abaixo do esperado pela pesquisa da Reuters com economistas, que projetava abertura de 75 mil empregos.

O resultado impulsionou as apostas de corte de juros pelo Federal Reserve (Fed, banco central americano), fazendo, inclusive, uma pequena parcela aposta em um corte maior em setembro, de 50 pontos-base. Com isso, as bolsas podem ganhar fôlego na sessão.

O mercado amanheceu também aliviado com o resultado da balança comercial de agosto, o primeiro mês com as tarifas de 50% sobre alguns produtos brasileiros exportados aos Estados Unidos. Os dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) apontaram recuo nas vendas para os EUA em 18,5%, mas o país teve superávit comercial de US$ 6,1 bilhões.

Ainda no âmbito das tensões comerciais, a assinatura de decreto por Donald Trump para reduzir tarifas de importação sobre os automóveis japoneses de 27,5% para 15% distensionou a relação dos dois países, que não conseguiam avançar por um acordo.

Trump também se reuniu com CEO das gigantes de tecnologia americana, incluindo Mark Zuckerberg (Meta), Tim Cook (Apple), Bill Gates (Microsoft) e Sam Altman (OpenAI), mostrando alinhamento da política de governo com as empresas do setor. As ausências no encontro, no entanto, de Elon Musk (Tesla) e Jensen Huang (Nvidia) chamaram a atenção.

O presidente dos Estados Unidos, pouco antes da reunião com os executivos, voltou a dizer que irá taxar semicondutores e chips não fabricados no país. Nesta quinta, os três principais indicadores da bolsa de Nova York tiveram alta expressiva, com destaque à Nasdaq: +0,98%.

Mercados internacionais

Na Ásia, o Hang Seng, de Hong Kong, depois de forte recuo na quinta-feira, subiu 1,14%, e o CSI 300, que reúne as principais ações de Xangai e Shenzhen da China, avançou mais de 2%.

O índice japonês Nikkei 225 avançou 1,03%, e o Topix teve alta de 0,82%. Na Coreia do Sul, o Kospi subiu 0,13% e o Kosdaq ganhou 0,74%.

Na Índia, o Nifty 50 teve leve alta de 0,02% e o Sensex ficou estável. Na Austrália, o S&P/ASX 200 fechou em alta de 0,51%.

Na Europa, as bolsas também operam no campo positivo. Por volta das 12h (de Brasília), o francês CAC 40 cai 0,52%, enquanto o alemão DAX desvaloriza 0,72%, o europeu Stoxx 600 perde 0,28% e o britânico FTSE 100 tem queda de 0,16%.

Nos Estados Unidos, no mesmo horário, os principais índices também cediam. O Dow Jones cai 0,70%, enquanto o S&P 500 perde 0,70% e o Nasdaq 100 desvaloriza 0,57%.

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