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Ibovespa fica no vermelho em dia volátil com pressão internacional

Dados da China adicionaram cautela nas bolsas globais; produção industrial saiu abaixo do esperado no Brasil

Painel de cotações da B3: entre perdas e ganhos, Ibovespa fechou em queda junto com as bolsas globais (Germano Lüders/Exame)

Painel de cotações da B3: entre perdas e ganhos, Ibovespa fechou em queda junto com as bolsas globais (Germano Lüders/Exame)

Janize Colaço
Janize Colaço

Repórter de Invest

Publicado em 5 de setembro de 2023 às 11h16.

Última atualização em 5 de setembro de 2023 às 17h50.

Entre perdas e ganhos, o Ibovespa desta terça-feira, 5, acompanhou as movimentações das bolsas internacionais e fechou em queda. Na Europa e na China, dados da atividade econômica apontaram para uma desaceleração global, enquanto os investidores americanos voltam do feriado do Dia do Trabalho. 

Com a aversão a risco no exterior, tanto o dólar quanto os juros futuros encerraram o dia com altas. Por outro lado, o principal índice da B3 cedeu 0,38% no pregão desta terça, aos 117.331 pontos.

No Brasil, a produção industrial caiu mais do que era esperado para julho, recuando 0,6% ante o mês imediatamente anterior; no comparativo com os últimos doze meses, a queda foi de 1,1%. Junto a isso, rumores sobre a reforma ministerial também levantou incertezas no mercado

"Apesar de ser dramática a situação da indústria, vemos com certo otimismo o setor para os próximos meses. Afinal, foi apenas em agosto que se iniciou de fato o corte de juros e somente agora que se estabeleceu um melhor humor econômico entre os agentes uma vez que a massa salarial segue em alta e os dados do PIB surpreendem", comenta o economista André Perfeito.

A terça-feira também foi de quedas em Nova York, após a volta do feriado. O índice Dow Jones teve uma queda de 0,56%, a 34.642,10 pontos, o S&P 500 recuou 0,41%, a 4.497,18 pontos, e o Nasdaq cedeu 0,08%, a 14.020,95 pontos.

Ibovespa hoje

  • IBOV: -0,38%, aos 117.331 pontos

Maiores altas do Ibovespa

Os ativos preferenciais e ordinários da Petrobras (PETR4;PETR3) amenizaram as perdas do índice, acompanhando a alta do petróleo Brent, que avançou 1,01%, a US$ 89,90 — seu maior preço em dez meses.

Isso porque, apesar da instabilidade internacional, o preço da commodity subiu diante dos anúncios de cortes de produção da Arábia Saudita e Rússia. 

“A Arábia Saudita anunciou a prorrogação do corte de produção em 1 milhão de barris por dia, até o fim do ano, e a Rússia também fará o mesmo. Em Moscou, a redução será de 300 mil barris por dia”, explica Rodrigo Cohen, co-fundador da Escola de Investimentos.

  • Petrobras (PETR3): + 4,60%
  • Assaí (ASAI3): + 4,25%
  • Raízen (RAIZ4): + 3,89%

Maiores quedas do Ibovespa

Na ponta negativa do índice, as varejistas foram impactadas com a alta dos juros futuros e cenário instável do mercado. Inclusive, a Via (VIIA3), que anunciou a oferta de ações de R$ 981 milhões, liderou as quedas do Ibovespa hoje.

“Pesa o anúncio de uma oferta de ações, que deve levantar quase R$ 1 bilhão, e irá diluir o preço dos papéis, fazendo com que muitos investidores saiam das posições”, completa Cohen.

  • Via (VIIA3): - 7,14%
  • CVC (CVCB3): - 5,81%
  • PetroRecôncavo (RECV3): - 5,49%

Que horas fecha a bolsa de valores?

O horário de negociação na B3 vai das 10h às 17h. A pré-abertura ocorre entre 9h45 e 10h, enquanto o after-market ocorre entre 17h25 e 17h30. Já as negociações com o Ibovespa futuro ocorrem entre 9h e 17h55.

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