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Ibovespa fecha em queda; dólar cai a mínima em oito meses

Índice aprofundou quedas com desempenho das bolsas americanas, que recuaram com troca de ofensas entre Donald Trump e Elon Musk

Da Redação
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 5 de junho de 2025 às 10h51.

Última atualização em 5 de junho de 2025 às 17h45.

O Ibovespa fechou em queda nesta quinta-feira, 5. O índice caiu 0,56%, aos 136.030 pontos, depois que agentes financeiros recalcularam as apostas para a Selic, afetando o mercado acionário.

O mercado americano também fechou em baixa. O pessimismo dos investidores se intensificou com as trocas de acusações entre Donald Trump e Elon Musk, aprofundando as perdas dos maiores índices dos Estados Unidos. O Dow Jones caiu 0,25%, o Nasdaq desvalorizou 0,83% e o S&P 500 recuou 0,53%.

Na quarta-feira, 4, o índice fechou em queda de 0,4%, aos 137.001 pontos, com investidores de olho na notícia de que o governo federal estuda medidas alternativas ao aumento do IOF.

Ibovespa hoje

  • IBOV: -0,56%, a 136.030 pontos
  • Dólar: -1,08%, a R$ 5,5845

No radar hoje

Na agenda desta quinta-feira, o destaque ficou para a balança comercial de maio, que registrou superávit de US$ 7,239 bi em maio. Exportações somaram US$ 30,156 bi, enquanto importações atingiram US$ 22,918 bi em maio. Com isso, o superávit no ano alcança US$ 24,4 bilhões.

A Anfavea divulgou que a produção de veículos no Brasil recuou 5,9% em maio ante abril. Montadoras no Brasil produziram 214,7 mil carros, comerciais leves, caminhões e ônibus no mês passado.

Ainda assim, o foco do mercado local está nas dúvidas sobre as medidas fiscais que a equipe econômica prepara para substituir o aumento do IOF, fator que tem guiado as negociações no mercado doméstico.

No exterior, o mercado acompanhou a decisão do Banco Central Europeu (BCE), que cortou a taxa básica de juros em 0,25 ponto percentual, de 2,25% para 2%. A decisão foi tomada diante da queda da inflação, da força do euro e do recuo nos preços de energia. O BCE citou incertezas comerciais e tensões geopolíticas, incluindo o impacto potencial de tarifas dos EUA sob uma eventual gestão Trump, como riscos para a economia.

Nos Estados Unidos, foi divulgado o déficit comercial do país, que caiu 55,5% em abril, para US$ 61,6 bilhões, impulsionado por uma forte queda nas importações após a imposição de tarifas sobre produtos chineses, segundo dados do Departamento de Comércio. O número veio melhor do que o esperado pelo mercado.

Também foram divulgados os números de pedidos de auxílio-desemprego, que subiram pela segunda semana consecutiva e somaram 247 mil solicitações, acima da previsão de 235 mil, sinalizando um enfraquecimento do mercado de trabalho em meio à crescente incerteza econômica causada pelas tarifas.

Mercados internacionais

As bolsas na Ásia e no Pacífico fecharam sem direção única. Na Coreia do Sul, o Kospi subiu 1,49%, atingindo a máxima em mais de 10 meses, e o Kosdaq avançou 0,8%, impulsionados pelas expectativas de reformas e estímulos fiscais no governo do presidente eleito Lee Jae-myung.

Em contraste, o Nikkei 225 de Tóquio recuou 0,51%, e o Topix caiu 1,03%. O S&P/ASX 200 da Austrália fechou estável. Em Hong Kong, o Hang Seng subiu 0,85%, enquanto o índice CSI 300, da China, avançou 0,23%.

Na Índia, o Nifty 50 e o Sensex cresceram 0,84% e 0,77%, respectivamente, com o mercado antecipando corte de 0,25 ponto percentual na taxa básica de juros.

As bolsas europeias fecharam em alta nesta tarde, após o corte da taxa de juros pelo Banco Central Europeu (BCE). O índice alemão DAX avançou 0,20%, o francês CAC 40 se destoou e caiu 0,18%, o britânico FTSE 100 registrou alta de 0,11%, e o índice europeu Stoxx 600 subiu 0,16%.

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