Governo divulga a balança comercial de agosto e os impactos do tarifaço no comércio exterior (StockSnap/Pixabay/Divulgação)
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Publicado em 4 de setembro de 2025 às 17h24.
Última atualização em 4 de setembro de 2025 às 18h38.
No pregão desta quinta-feira, 4, o Ibovespa fechou em alta de 0,81%, aos 140.993 pontos. No dia anterior, o índice teve mais uma sessão de queda, a terceira seguida, fechando com recuo de 0,34%, aos 139.863 pontos.
No câmbio, o dólar fechou em queda de 0,11%, cotado a R$ 5,446. Na quarta-feira, o dólar também fechou em queda a R$ 5,452.
De olho no petróleo, a produtora ConocoPhilips, uma das maiores exploradoras e produtoras da commodity do mundo, anunciou a redução de 25% de seu quadro de colaboradores em meio à redução da demanda global da commodity e o consequente recuo do preço do produto.
A balança comercial registrou superávit de US$ 6,133 bilhões em agosto. O resultado representa uma alta de 35,8% frente ao mesmo período do ano passado, quando o saldo foi de US$ 4,5 bilhões.
O dado era especialmente aguardado, já que as taxas de 50% adotadas pelo governo Trump sobre alguns importantes produtos brasileiros exportados para os EUA entraram em vigor no dia 6 de agosto. Agora, resta saber qual foi o impacto e reflexo no comércio exterior brasileiro com as medidas. Os Estados Unidos são o segundo maior parceiro comercial do país.
A rejeição do Banco Central do acordo entre o Banco de Brasília e o Banco Master deve ter desdobramentos políticos. O acordo previa a aquisição pelo BRB de 49% das ações ordinárias, 100% das ações preferenciais e 58% do capital total do Master.
Nos Estados Unidos, a autonomia do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) entrou em foco no Senado nesta quinta-feira. Stephen Miran, assessor econômico do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi indicado para a diretoria do Fed e agora passa por audiência no Comitê Bancário da Casa.
A nomeação de Miran para o Fed, ainda a ser aprovada pela Senado, elevou o debate sobre a independência da autoridade da política monetária nos Estados Unidos em meio aos esforços do presidente Donald Trump de interferir no órgão.
A demissão por Trump da diretora do Federal Reserve, Lisa Cook, que entrou na Justiça contra seu afastamento, foi considerada um ato sem precedentes nos EUA e colocou à prova a independência do órgão. Miran afirma que defende a redução da taxa de juros americana, mas isso já é dado como certo pelo mercado na próxima reunião do Fed, nos dias 16 e 17 de setembro.
Segundo dados do governo dos EUA, pedidos iniciais de seguro-desemprego para essa semana chegaram a 237 mil, acima da expectativa de 230 mil. Nas últimas quatro semanas, a média ficou em 231 mil.
Ainda nos Estados Unidos, saiu a pesquisa da Automatic Data Processing (ADP) de empregos privados de agosto: 54 mil, abaixo da expectativa de 73 mil.
Na Ásia, os mercados na China caíram forte. O Hang Seng, de Hong Kong, recuou 1,12%, e o CSI 300, que reúne as principais ações de Xangai e Shenzhen da China, 2,12% — o mercado avalia correções em meio à alta especulação de ações na China.
O índice japonês Nikkei 225 subiu 1,53%, e o Topix, alta de 1,03% — resultado fruto do avanço das ações de tecnologia. Na Coreia do Sul, o Kospi subiu a 0,52% e o Kosdaq, alta de 1,08%.
Na Índia, o Nifty 50 subiu 0,08% e o Sensex, alta de 0,19%. O S&P/ASX 200, da Austrália, subiu 1%.
Na Europa, as bolsas fecharam no campo majoritariamente positivo. O alemão DAX subiu 0,71%, o europeu Stoxx 600 valorizou 0,66% e o britânico FTSE 100 avançou 0,37%. Na contramão, o francês CAC 40 caiu 0,27%.
Nos Estados Unidos, os principais índices de ações fecharam em alta. Dow Jones valorizou 0,77%, enquanto S&P 500 avançou 0,83% e Nasdaq subiu 0,98%.