Bolsa: No mercado cambial, o dólar opera com queda de 0,49%, cotado a R$ 5,5148 Germano Lüders 20/10/2016 (Germano Lüders/Exame)
Redação Exame
Publicado em 4 de agosto de 2025 às 14h30.
Última atualização em 4 de agosto de 2025 às 17h39.
O Ibovespa fechou em alta de 0,40%, aos 132.971 pontos nesta segunda-feira, 4. O avanço do índice foi puxado pelo setor bancário e pela Vale (VALE3), que ganhou ganhou 0,80%.
Os bancos subiram, com destaque para o BB (BBAS3), com mais 2,08%. Já o Bradesco (BBDC4) e o Itaú Unibanco (ITUB4) avançaram respectivamente, 0,75% e 1,06%.
O mercado acompanha com preocupação os efeitos das tarifas de 50% impostas por Donald Trump sobre produtos brasileiros que entram em vigor na próxima quarta-feira, 6 de agosto. A medida prevê algumas exceções para setores estratégicos, como aviação, energia e fertilizantes. Mercadorias que já estiverem em trânsito antes do dia 6 e forem desembaraçadas até 5 de outubro estarão isentas da nova cobrança.
Os principais índices das bolsas americanas terminaram o dia no azul, recuperando parte das perdas da sexta-feira. O Dow Jones subiu 1,34%, o S&P 500 avançou 1,47% e o Nasdaq 100 registrou alta de 1,95%.
Analistas de mercado consultados pelo Banco Central (BC) reduziram as projeções do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para 2025 pela décima semana consecutiva, segundo o Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira, 4.
A expectativa da inflação neste ano caiu de 5,09% para 5,07%. O indicador permanece acima do teto da meta de inflação estabelecida pela autoridade monetária.
Pela terceira semana, os analistas também reduziram as projeções do IPCA para 2026. A queda foi de 4,44% para 4,43%.
Na semana passada, o Copom manteve a taxa de juros em 15% ao ano e sinalizou que o tarifaço pode reduzir inflação.
Nesta segunda-feira, 4, os mercados operaram sob expectativa moderada, com investidores de olho nos dados de emprego no Brasil, nos desdobramentos das tensões comerciais com os Estados Unidos e na possibilidade de cortes de juros, tanto no país quanto no exterior.
No Brasil, o principal destaque do dia foi a divulgação do Caged de junho, que oferece novos sinais sobre a resiliência do mercado de trabalho após a queda inesperada na taxa de desemprego registrada na semana passada. O saldo líquido de emprego formal foi positivo em 166.621 vagas em junho, de 148.992 postos em maio, ante previsão de 175 mil.
O dado antecede a publicação da ata do Copom, nesta terça-feira, e pode reforçar a percepção de cautela da autoridade monetária sobre novos cortes na taxa Selic.
No campo político, investidores acompanham possíveis articulações diplomáticas antes da entrada em vigor, na quarta-feira, 6, do tarifaço de 50% imposto pelos EUA contra o Brasil.
Uma eventual conversa entre os presidentes Donald Trump e Luiz Inácio Lula da Silva está no radar, e pode influenciar o mercado cambial.
Lula cumpriu hoje uma série de despachos no Palácio do Planalto, com destaque para a sanção de um projeto de lei sobre o Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT).
Nos EUA, a agenda de indicadores é mais leve, mas os mercados ainda digerem o payroll de julho, que veio abaixo do esperado e impulsionou as apostas de corte de juros em setembro. Pela manhã, foi divulgado o volume de encomendas à indústria americana em junho, diminuindo em dois dos últimos três meses, informou o Departamento de Comércio.
Os novos pedidos caíram 4,8% em relação ao mês anterior, para US$ 611,7 bilhões em junho. Excluindo transporte, os pedidos aumentaram 0,4%. Excluindo defesa, houve queda de 4,7%. A expectativa era de retração após uma alta de 8,2% no mês anterior.
Ainda no exterior, o Banco do Japão publica hoje, às 20h50, a ata de sua última reunião de política monetária, e os índices PMI de serviços e composto do Japão e da China serão conhecidos ao longo da noite, com potencial impacto sobre as commodities.
Entre os balanços previstos para hoje no Brasil, o destaque é o do BB Seguridade, que será divulgado após o fechamento, além do gigante de e-commerce Mercado Livre.
As bolsas asiáticas fecharam mistas nesta segunda-feira, com o índice Nikkei, do Japão, em queda de mais de 2%, pressionado pela valorização do iene frente ao dólar após o relatório de empregos mais fraco nos EUA. Já os índices chineses ficaram estáveis, enquanto o sul-coreano Kospi subiu 0,7%.
Na Europa, os principais mercados fecharam em alta, refletindo o alívio nas taxas de juros futuras dos EUA e a expectativa por decisões de política monetária ao longo da semana. O índice DAX, da Alemanha, avançou 1,22%, o CAC 40, da França, subiu 1,14% e o europeu Stoxx 600 ganhou 0,84%. No Reino Unido, o FTSE 100 registrou alta de 0,56%.