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Ibovespa fecha acima dos 141 mil pontos e bate recorde pelo segundo dia seguido

Na véspera, o principal indicador da bolsa brasileira fechou em alta de 1,35%, aos 140.927 pontos, em novo recorde

Da Redação
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 4 de julho de 2025 às 10h30.

Última atualização em 4 de julho de 2025 às 17h33.

O Ibovespa fechou em alta nesta sexta-feira, 4. Após nova máxima intraday, o índice bateu recordes pelo segundo dia consecutivo e avançou 0,24%, aos 141.263 pontos.

Sem o suporte de capital estrangeiro, o volume de negociações hoje ficou limitado a R$ 9 bilhões, menos da metade do volume diário habitual. No cenário local, os investidores continuam atentos ao impasse sobre o IOF, com o ministro Alexandre de Moraes marcando para 15 de julho uma audiência de conciliação entre o governo e o Congresso.

Os mercados americanos estão fechados nesta sexta-feira, 4, por conta do feriado da Independência nos Estados Unidos.

Ibovespa hoje

  • IBOV: +0,24%, a 141.263 pontos
  • Dólar hoje: +0,37% a R$ 5,4248

O que aconteceu hoje

Segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MIDC), a balança comercial teve superávit de US$ 5,889 bilhões em junho. Exportações somaram US$ 29,146 bilhões, enquanto importações atingiram US$ 23,257 bilhões. O superávit na quarta semana de junho foi de US$ 1,248 bilhões; na quinta semana, foi de US$ 597 milhões. No ano, o superávit alcança US$ 30,092 bilhões.

Nos Estados Unidos, o presidente Donald Trump assina às 18h o projeto de lei orçamentário aprovado pela Câmara, apelidado de “One Big Beautiful Bill” pela Casa Branca.

Trump também iniciou nesta sexta-feira o envio de cartas com as novas tarifas de importação que começarão a ser aplicadas em 1º de agosto. Os países atingidos são os que ainda não firmaram acordos comerciais com Washington. O prazo final para negociação é 9 de julho.

Na Europa, o índice de preços ao produtor (PPI) de maio mostrou queda de 0,6% na comparação com abril tanto na zona do euro quanto na União Europeia, após recuos de mais de 2% no mês anterior. Na comparação anual, os preços subiram 0,3% na zona do euro e 0,4% no bloco como um todo, indicando leve recuperação após meses de deflação industrial.

No Brasil, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, participou de um seminário do banco dos Brics na parte da manhã. Já o presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou no Rio de Janeiro da cerimônia de anúncio dos novos investimentos da Petrobras, que somam cerca de R$ 33 bilhões em projetos de refino e petroquímica no estado.

À noite, o Rio de Janeiro sedia o jantar de abertura da Cúpula dos Brics, que ocorrerá no fim de semana. A ausência de Vladimir Putin, da Rússia, e de Xi Jinping, da China, enfraquece o peso político do encontro.

Mercados internacionais

Em reação ao forte payroll americano e às negociações tarifárias de Trump, o cenário global foi negativo.

Na Ásia, predominou o vermelho. Na Coreia do Sul, o Kospi cedeu 1,99%, enquanto o Kosdaq recuou 2,21%. Em Hong Kong, o Hang Seng perdeu 0,64%. Já o CSI 300, da China, encerrou o dia com alta de 0,36%. Os mercados do Japão e Austrália, por sua vez, fecharam praticamente estáveis.

Na Europa, as bolsas refletiram o tom decepcionante das encomendas industriais alemãs em maio e fecharam em queda: o francês CAC 40 recuou 0,75%, o europeu Stoxx 600 cedeu 0,48%, o alemão DAX registrou perda de 0,61% e o britânico FTSE 100 destoou, fechando estável a 0%.

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