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Ibovespa fecha na máxima histórica puxado por bancos

No mercado cambial, o dólar registrou o menor valor em um ano, com queda de 0,28%, cotado a R$ 5,405

Da Redação
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Redação Exame

Publicado em 3 de julho de 2025 às 11h17.

Última atualização em 3 de julho de 2025 às 17h36.

O Ibovespa fechou em alta de 1,35% nesta quinta-feira, 3, aos 140.927 pontos (máxima histórica), puxado pela alta do setor financeiro. O Itaú (ITUB4), banco de maior peso da bolsa subiu 2,50% e Bradesco (BBDC4) teve alta de mais de 2%.

No mercado cambial, o dólar registrou o menor valor em um ano, com queda de 0,28%, cotado a R$ 5,405.

Nos Estados Unidos, aos principais índices fecharam em alta após o payroll indicar mercado de trabalho resiliente e reforçar o otimismo sobre a possibilidade de novos acordos comerciais. O Dow Jones registrou alta de 0,77%, o S&P 500 ganhou 0,83% e o Nasdaq avançou 1,02%. A sessão desta quinta foi mais curta em função do feriado de 4 de julho.

Ibovespa hoje

Payroll de junho

O mercado de trabalho dos Estados Unidos demonstrou resiliência em junho, conforme divulgado nesta quinta-feira, 3, pelo Departamento do Trabalho dos EUA, com a criação de 147 mil vagas fora do setor agrícola, acima das expectativas de 110 mil novos postos de trabalho, e a taxa de desemprego recuando de 4,2% para 4,1%.

Também foi divulgado que os pedidos iniciais de auxílio-desemprego caíram 4 mil na semana encerrada em 28 de junho, para 233 mil, menor nível em seis semanas, enquanto o número de pessoas que continuam a receber o benefício se manteve em 1,964 milhão, maior marca desde o final de 2021.

Após a divulgação dos dados, o dólar avançou 0,77% frente ao iene, para 144,78, e 0,58% ante o franco suíço, a 0,797, enquanto os rendimentos dos Treasuries subiram: o título de dois anos foi a 3,88% (+0,089 ponto percentual) e o de dez anos a 4,342% (+0,049 ponto percentual), segundo informações da Reuters.

Além dos dados de emprego, nessa manhã, o Departamento de Comércio dos Estados Unidos informou que o déficit comercial de bens e serviços dos EUA ampliou-se para US$ 71,5 bilhões, ante US$ 60,3 bilhões em abril. As exportações caíram 4%, para US$ 279 bilhões, e as importações recuaram 0,1%, a US$ 350,5 bilhões.

No radar hoje

No Brasil, o PMI de serviços, divulgado pelo S&P Global às 10h, caiu a 49,3 em junho e o índice composto recuou a 48,7, estendendo para três meses a contração da atividade privada, pressionada por custos elevados, demanda fraca e incerteza política.

Na Europa, a publicação da ata da última reunião do Banco Central Europeu mostrou que o banco cortou a taxa de depósito pela oitava vez em um ano para evitar aperto excessivo, mas sinalizou pausa nos cortes diante da inflação já no alvo e da elevada incerteza sobre o comércio global.

Saíram também as encomendas à indústria e o PMI de serviços dos Estados Unidos. O indicador subiu a 50,8 em junho de 49,9 em maio, ante o consenso de 50,5.

No campo político, o destaque é a viagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a Buenos Aires, onde participou da 66ª cúpula do Mercosul. A ida à Argentina ocorre em meio a movimentos do Planalto para desarmar a crise institucional com o Congresso, após a derrubada do decreto do IOF. O governo tenta retomar o diálogo com os presidentes da Câmara e do Senado, prometendo apresentar um projeto próprio de revisão dos incentivos fiscais depois do recesso.

Também repercute nesta quinta a pesquisa do Instituto Gerp, divulgada pela EXAME, mostrando que Lula seria derrotado por seis dos oito nomes testados em simulações de segundo turno para as eleições de 2026. Embora o levantamento mostre estabilidade na aprovação do governo (em 32%), a desaprovação ainda é alta, em 59%, sinalizando que o cenário político segue desafiador para o Planalto.

Mercados internacionais

Os mercados da Ásia fecharam sem direção única nesta quinta-feira, com destaque para o índice do Vietnã, que subiu 0,3% e alcançou o maior nível desde abril de 2022, impulsionado por um novo acordo comercial com os Estados Unidos.

O Kospi, da Coreia do Sul, avançou 1,34% e o Kosdaq subiu 1,43%. Na China, o CSI 300 teve alta de 0,62%, enquanto o Hang Seng, de Hong Kong, caiu 0,78%. O Nikkei 225, do Japão, fechou estável, e o índice australiano S&P/ASX 200 também encerrou o pregão praticamente no zero a zero.

Os principais índices europeus fecharam em alta nesta sessão, com o Stoxx 600 avançou 0,47%, puxado pelo FTSE 100, de Londres, que subiu 0,55%. O DAX, de Frankfurt, registrou alta de 0,47% e o CAC 40, de Paris, ganhou 0,21%.

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