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Ibovespa fecha abaixo dos 146 mil pontos com paralisação nos EUA no radar

O dólar opera em queda; por volta das 16h, caía 0,03%, cotado a R$ 5,321

Ibovespa: mercado repercute dados do relatório ADP dos Estados Unidos (Germano Lüders/Exame)

Ibovespa: mercado repercute dados do relatório ADP dos Estados Unidos (Germano Lüders/Exame)

Da Redação
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 1 de outubro de 2025 às 17h24.

Última atualização em 1 de outubro de 2025 às 17h25.

O Ibovespa fechou nesta quarta-feira, 1º, em queda. O principal índice da B3 teve perdas de 0,49%, aos 145.517 pontos. Já o dólar fechou em leve alta de 0,11%, cotado a R$ 5,328.

Os investidores monitoram os efeitos da paralisação do governo americano nos mercados internacionais.

Relatório de emprego nos EUA

O mercado de trabalho americano mostrou forte deterioração em setembro, segundo o relatório da ADP divulgado nesta quarta-feira. As empresas cortaram 32 mil vagas no setor privado, no maior recuo em dois anos e meio, frustrando expectativas de criação de 45 mil postos.

Além disso, os dados de agosto foram revisados de uma alta de 54 mil para uma queda de 3 mil. A surpresa negativa derrubou os futuros de Nova York.

A leitura fraca reforçou as apostas de que o Federal Reserve terá de cortar juros adicionais ainda em 2025. O cenário ganha força em meio ao apagão de dados econômicos provocado pelo shutdown do governo americano, que limita a divulgação de estatísticas oficiais e aumenta a incerteza sobre os rumos da política monetária.

No radar hoje

O Banco Central publicou o fluxo cambial da semana entre 22 e 26 de setembro, que ficou positivo em US$ 1,141 bilhão. No acumulado de setembro até o dia 26, o fluxo total registra saldo positivo de US$ 596 milhões, mas no ano ainda está negativo em US$ 16,554 bilhões.

No cenário político, a Câmara dos Deputados vota hoje o projeto que trata da isenção do imposto de renda de até R$ 5 mil.

Nos Estados Unidos, a S&P Global apresentou a leitura final do PMI industrial americano de setembro, que caiu a 52, no consenso, de 53. Na sequência, foi a vez do PMI industrial do ISM, também sobre a indústria, que subiu a 49,1, de 48,7 e ante o consenso de 49.

O Departamento de Energia dos EUA informou os números semanais de estoques de petróleo. Na última semana, os estoques de petróleo bruto nos Estados Unidos registraram alta de 1,792 milhão de barris, acima da expectativa de alta de 1,5 milhão.

Já os estoques de gasolina tiveram avanço de 4,125 milhões de barris, bem acima do consenso de 500 mil. Os destilados também apresentaram aumento, de 578 mil barris, contrariando a projeção de queda de 1 milhão. Em contrapartida, em Cushing, houve recuo de 271 mil barris.

O mercado também acompanhou o presidente do Fed de Richmond, Tom Barkin, que participou de uma conferência econômica.

Mercados internacionais

As bolsas asiáticas fecharam sem direção única nesta quarta-feira. No Japão, o Nikkei 225 recuou 0,85%, marcando a quarta queda consecutiva.

Na Coreia do Sul, o Kospi avançou 0,91%, impulsionado por ações de tecnologia, enquanto o Kosdaq, de menor capitalização, também teve alta. Em Taiwan, o índice principal ganhou 0,63%, apoiado pela valorização da TSMC, após a Nvidia ultrapassar US$ 4,5 trilhões em valor de mercado.

Na Índia, o Sensex subiu 0,83% e o Nifty 50 avançou 0,74%, depois de o banco central manter a taxa básica em 5,5%, em linha com as projeções de analistas. Já os mercados da China continental e de Hong Kong permaneceram fechados devido ao feriado local.

Na Europa, os índices fecharam em alta nesta quarta-feira. O Stoxx 600 subiu 1,21%, o DAX de Frankfurt avançou 1,08%, o CAC 40 de Paris ganhou 0,90% e o FTSE 100, de Londres, teve alta de 1,05%.

Nos Estados Unidos, os índices fecharam em alta enquanto investidores avaliavam os impactos da paralisação do governo. O Dow Jones subiu 0,09%, enquanto o S&P 500 avançou 0,34% e o Nasdaq 100 teve ganhos de 0,42%.

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