Mercados

Ibovespa garante 61 mil pontos no fim, com volume fraco

O giro do pregão foi de 5,76 bilhões de reais, abaixo da média de 6,5 bilhões de reais em 2011

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 17 de junho de 2011 às 18h54.

São Paulo - A bolsa brasileira teve mais uma sessão de volume reduzido nesta sexta-feira, acompanhando sem muito vigor os sinais de uma solução coordenada para a crise da dívida na Grécia.

O Ibovespa fechou com variação positiva de 0,29 por cento, a 61.059 pontos. O giro do pregão foi de 5,76 bilhões de reais, abaixo da média de 6,5 bilhões de reais em 2011.

Em todo o mês, a bolsa só superou a média de volume em apenas um dia, na quarta-feira, quando houve exercício de contratos futuros e opções sobre índice.

Pela manhã, o presidente francês, Nicolas Sarkozy, afirmou que França e Alemanha concordaram em promover um acordo semelhante à "iniciativa de Viena", em que o setor privado se comprometeria a manter uma exposição a títulos da dívida da Grécia. O medo dos investidores é de que um calote de Atenas cause um efeito dominó dentro da zona do euro, desestabilizando o sistema financeiro global.

A notícia estancou a forte queda do Ibovespa, mas não foi suficiente para atrair muitos compradores ao mercado mesmo com o índice perto das mínimas em cerca de um ano. De acordo com analistas, as bolsas emergentes tendem a se ressentir mais de um movimento global de aversão a risco, demorando mais tempo para se recuperar do que as ações nos Estados Unidos.

Além disso, a proximidade do fim do semestre mantém alguns investidores cautelosos, tentando evitar mais prejuízos em seus balanços após a baixa de 12 por cento do Ibovespa no ano.

"Os fundos multimercados já apanharam bastante, fundos de bolsa também, então ninguém toma muito risco. (O mercado) deve ficar devagar nessas duas últimas semanas do semestre", disse Rafael Espinoso, estrategista da CM Capital Markets.

Entre as ações mais negociadas, Vale PNA recuou 0,16 por cento, a 42,71 reais, e Petrobras PN teve baixa de 0,21 por cento, a 23,24 reais.

O Conselho de Administração da estatal petrolífera não aprovou o plano de investimentos para o período até 2015, pedindo estudos adicionais.

A ação da BM&FBovespa garantiu a maior alta percentual do índice, 4,01 por cento, a 10,90 reais, recuperando-se parcialmente do forte tombo de 5,84 por cento nos dois dias anteriores em meio às incertezas globais.

A petroquímica Braskem teve a maior queda do Ibovespa, 3,78 por cento, a 21,65 reais, após ter sua recomendação reduzida para "market perform" (na média do mercado) pelo Itaú BBA, que citou desafios de curto prazo como a alta do real e o aumento das importações.

"A ação já mais que dobrou em valor desde que a elevamos para 'outperform' (acima da média do mercado) em junho de 2010, precificando a maior parte das sinergias da aquisição da Quattor", escreveram Paula Kovarsky e Diego Mendes.

Acompanhe tudo sobre:AçõesB3bolsas-de-valoresEmpresasEmpresas abertasIbovespaMercado financeiroservicos-financeiros

Mais de Mercados

Petrobras ganha R$ 24,2 bilhões em valor de mercado e lidera alta na B3

Raízen conversa com Petrobras sobre JV de etanol, diz Reuters; ação sobe 6%

Petrobras anuncia volta ao setor de etanol

JBS anuncia plano de investimento de US$ 2,5 bilhões na Nigéria