Ibovespa: volume financeiro do pregão somou 9,5 bilhões de reais (Bruno Rocha/Divulgação)
Reuters
Publicado em 1 de agosto de 2018 às 17h22.
Última atualização em 1 de agosto de 2018 às 17h39.
São Paulo - A bolsa paulista fechou o primeiro pregão de agosto com o Ibovespa ligeiramente no azul, apoiado na recuperação de bancos, no fim da sessão sem viés definido desta quarta-feira, diante de uma agenda doméstica mais fraca de resultados corporativos e sem novidades relevantes no panorama eleitoral do país.
O principal índice de ações da B3 subiu 0,10 por cento, a 79.301,65 pontos, após oscilar da mínima de 78.768,87 pontos à máxima de 79.730,63 pontos. O volume financeiro do pregão somou 9,5 bilhões de reais.
Na visão do analista de ações Filipe Villegas, da corretora Genial, o Ibovespa ainda tem espaço de alta, com resistência nos 81 mil pontos, mas novos ganhos dependem de resultados de empresas relevantes e, principalmente, notícias da cena eleitoral que sinalizem força de um candidato reformista.
Estratégias de ações para o mês compiladas pela Reuters mostraram expectativa de volatilidade no mercado acionário em agosto, com desdobramentos do cenário eleitoral centralizando as atenções, embora a temporada de balanços eventos externos continuem no radar.
Em Wall Street, os principais índices acionários fecharam sem uma direção única, com o resultado da Apple ajudando ações de tecnologia, em sessão com reunião do Federal Reserve, na qual o banco central norte-americano manteve os juros dos EUA, mas sinalizou que deve elevar as taxas em setembro.
O Fed manteve a taxa de juros no intervalo entre 1,75 e 2 por cento, mas caracterizou a economia como forte, mantendo o Fed no caminho para elevar custos em setembro.
Também nesta quarta-feira o banco central brasileiro anuncia decisão de juros, com todos os 40 economistas consultados pela Reuters aguardando manutenção da Selic na mínima histórica de 6,5 por cento ao ano.
A B3 também divulgou nesta sessão a primeira prévia da carteira do Ibovespa para o período de setembro a dezembro, com a entrada das ações do Carrefour Brasil e a saída dos papéis da CPFL Energia.
- ITAÚ UNIBANCO PN subiu 1,27 por cento, principal contribuição positiva para o índice, após queda de mais de 4 por cento na véspera na esteira da divulgação do resultado trimestral. BRADESCO PN avançou 1,31 por cento e BANCO DO BRASIL ganhou 1,45 por cento, enquanto SANTANDER BRASIL UNIT cedeu 0,33 por cento.
- VALE caiu 3,25 por cento, acompanhando a queda dos preços do minério de ferro na China diante de preocupações sobre a disputa comercial daquele país com os Estados Unidos, conforme os norte-americanos ameaçaram tarifas mais elevadas sobre produtos chineses.
- PETROBRAS PN subiu 1,47 por cento, a despeito do declínio dos preços do petróleo no exterior, ajudando a sustentar o Ibovespa no azul. O governo federal publicou nesta quarta-feira medida provisória que regulamenta o programa de subsídio ao diesel fóssil.
- CYRELA avançou 4,57 por cento, em dia positivo do setor, após o governo flexibilizar regras do crédito imobiliário, prevendo injeção gradual de 80 bilhões de reais no mercado. MRV ganhou 3,86 por cento.
- SMILES subiu 3,52 por cento, revertendo queda de mais de 4 por cento na abertura, na esteira da queda no lucro do segundo trimestre divulgada na véspera. Em teleconferência, o diretor financeiro da Smiles, Marcos Pinheiro, disse que a empresa discute recompra de ações, embora não exista decisão tomada. A direção da empresa também avalia propor ao conselho pagamento integral de dividendos desse ano.
- ULTRAPAR caiu 2,34 por cento, a 39,70 reais, mínima de fechamento desde janeiro de 2013, antes da divulgação do balanço do segundo trimestre nesta quarta-feira, em meio a expectativa de analistas de resultado fraco, afetado entre outros fatores pela greve dos caminhoneiros. Em 2018, os papéis acumulam recuo de mais de 45 por cento. BR DISTRIBUIDORA, que não está no Ibovespa e também divulga resultado após o fechamento, cedeu 0,97 por cento.