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Ibovespa fecha quase estável com temor fiscal ofuscando Vale

Índice da Bolsa de São Paulo fechou com variação negativa de 0,03 por cento, a 51.846 pontos e acumula baixa de 4,44 em novembro


	Telão da Bovespa: giro financeiro foi reduzido, de 4,3 bilhões de reais, com o Dia de Ação de Graças nos EUA fechando as bolsas nova-iorquinas
 (Alexandre Battibugli/EXAME)

Telão da Bovespa: giro financeiro foi reduzido, de 4,3 bilhões de reais, com o Dia de Ação de Graças nos EUA fechando as bolsas nova-iorquinas (Alexandre Battibugli/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 28 de novembro de 2013 às 17h01.

São Paulo - A Bovespa encerrou esta quinta-feira perto da estabilidade, com renovadas receios de deterioração fiscal do país ofuscando a influência positiva da mineradora Vale.

O Ibovespa fechou com variação negativa de 0,03 por cento, a 51.846 pontos e acumula baixa de 4,44 em novembro, caminhando para encerrar o mês em queda na sexta-feira, na primeira baixa mensal em cinco meses.

Com o Dia de Ação de Graças nos EUA fechando as bolsas nova-iorquinas e restringindo a atuação de investidores estrangeiros, o giro financeiro na Bovespa foi reduzido, de 4,3 bilhões de reais.

Após ter chegado a subir 1,15 por cento, o Ibovespa reverteu com a divulgação do superávit primário do governo central. O resultado ficou positivo em 5,437 bilhões de reais em outubro, segundo o Tesouro Nacional. A projeção média de analistas consultados pela Reuters aponta para resultado positivo em 9,75 bilhões de reais.

O número indica que o resultado do setor público consolidado em outubro, a ser divulgado na sexta-feira, provavelmente decepcionará o mercado, num momento em que a situação das contas públicas tem criado pessimismo e temores de rebaixamento na nota de crédito do Brasil.

"O resultado veio bastante abaixo do esperado e gerou essa virada rápida... As pessoas acabam zerando posições e, como estamos com pouca liquidez, o Ibovespa acabou invertendo", afirmou o economista Fausto Gouveia, da Legan Asset.

O maior suporte para o índice foi Vale. A ação preferencial da mineradora chegou a subir mais de 3 por cento, após a empresa anunciar na véspera adesão ao programa de refinanciamento de dívidas tributárias (Refis) do governo federal. A decisão reduz à metade o contencioso de 45 bilhões de reais relativo à tributação do lucro das subsidiárias da multinacional no exterior.

A agência de classificação de risco Moody's afirmou que a decisão de participar do Refis "é crédito positiva porque cristaliza o montante a ser pago e soluciona um evento de risco substancial para a companhia".

A ações da Petrobras caíram em meio a incertezas sobre a aprovação da fórmula para o reajuste de preços de combustíveis. O Conselho de Administração da estatal se reúne na sexta-feira para discutir o tema.

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