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Ibovespa fecha quase estável após dia sem tendência com exterior negativo

O índice de referência do mercado acionário brasileiro encerrou com alta de 0,38%, a 85.460,20 pontos

Ibovespa: declínio dos papéis da Vale e da Petrobras contrabalancearam alta de ações de bancos privados (Germano Lüders/Exame)

Ibovespa: declínio dos papéis da Vale e da Petrobras contrabalancearam alta de ações de bancos privados (Germano Lüders/Exame)

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Reuters

Publicado em 27 de dezembro de 2018 às 18h11.

Última atualização em 27 de dezembro de 2018 às 18h44.

São Paulo - O Ibovespa fechou em leve alta nesta quinta-feira, 27, após sessão sem tendência única, com o avanço de ações de bancos privados prevalecendo no final sobre o declínio dos papéis da Vale e da Petrobras e o viés negativo no exterior.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 0,38 por cento, a 85.460,20 pontos, após oscilar da mínima de 84.876,08 pontos à máxima de 85.738,96 pontos. O volume financeiro do pregão somou 9,556 bilhões de reais, abaixo da média diária de 2018, de 12,35 bilhões de reais, e dos 16 bilhões de reais de dezembro.

O viés negativo no mercado externo, contudo, minou um desempenho mais forte do Ibovespa, que subiu 1,6 por cento no melhor momento, com Wall Street devolvendo boa parte das altas expressivas da véspera.

Um dado mais fraco sobre a confiança do consumidor norte-americano reavivou preocupações sobre o ritmo da economia dos EUA e serviu como gatilho para as vendas, um dia após o Dow Jones subir mais de 1.000 pontos em uma única sessão.

A queda dos preços do petróleo também pesou, com o Brent encerrando em baixa de mais de 4 por cento.

O chefe de renda variável e derivativos da assessoria de investimentos Monte Bravo, Bruno Madruga, ponderou que o mercado doméstico continua bastante volátil neste final de ano, particularmente em razão de eventos no exterior.

"Apesar disso, o Ibovespa ainda se sustenta na casa dos 85 mil pontos e caminha para encerrar o ano com cerca de 10 por cento de valorização acumulada até o momento", ressaltou.

Ele afirmou que o baixo patamar da taxa de juros no país, a inflação controlada e a entrada de um governo que se mostra engajado com reformas são fatores que sustentam uma perspectiva positiva para a bolsa em 2019.

"Nossa visão é que, de fato, as reformas iniciarão no segundo trimestre, junto com a possibilidade de algumas privatizações. Isso acontecendo, deve atrair bastante capital estrangeiro para o país", afirmou.

A Monte Bravo trabalha com um cenário no qual o Ibovespa deve superar 110 mil pontos no próximo ano, apoiado também na previsão de que o ciclo de alta de juros nos EUA se encerra em 2019 e de que EUA e China alcancem um acordo comercial.

Destaques

- ITAÚ UNIBANCO PN subiu 1,69 por cento, em sessão com dados sobre crédito no radar dos agentes financeiros, enquanto BRADESCO PN valorizou-se 2,46 por cento, respaldando o fechamento positivo do Ibovespa.

- VALE caiu 1,86 por cento, em sessão negativa também para ações de mineradoras no exterior, minando a recuperação no pregão.

- PETROBRAS PN encerrou em baixa de 0,05 por cento, conforme o petróleo ampliou as perdas no mercado externo. PETROBRAS ON fechou em queda de 0,57 por cento.

- ELETROBRAS ON avançou 6,74 por cento, tendo no radar acordo da elétrica com órgão regulador dos mercados nos EUA, a Securities and Exchange Commission (SEC), divulgado na véspera, além do leilão da distribuidora Ceal (Alagoas) previsto para a sexta-feira.

- SUZANO recuou 4,46 por cento, em sessão negativa para o setor de papel e celulose na bolsa, com KLABIN UNIT cedendo 1,15 por cento.

 

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