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Ibovespa fecha praticamente estável

No mercado de câmbio, o dólar comercial subiu 0,75% e fechou cotado a R$ 3,172 para compra e R$ 3,173 para venda

Bolsa de Valores de São Paulo (Patricia Monteiro/Bloomberg)

Bolsa de Valores de São Paulo (Patricia Monteiro/Bloomberg)

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Reuters

Publicado em 16 de outubro de 2017 às 18h22.

Última atualização em 16 de outubro de 2017 às 19h05.

São Paulo - O principal índice acionário da B3 fechou em leve baixa nesta segunda-feira, com a cautela política voltando levantar dúvidas em relação ao andamento das reformas no Congresso Nacional, em sessão marcada por exercício de opções sobre ações.

Os papéis do Santander Brasil ficaram entre os destaques positivos, após melhora em recomendações de analistas.

O Ibovespa fechou com variação negativa de 0,13 por cento, a 76.891 pontos. O volume financeiro do pregão somou 14,87 bilhões de reais, já incluindo o exercício de opções sobre ações, de 5,45 bilhões de reais.

O cenário político gerava cautela diante da percepção de que o quadro está menos favorável para tramitação de reformas no Congresso Nacional, enquanto segue o processo de análise da segunda denúncia contra o presidente Michel Temer.

"A questão da Previdência volta a ficar no ar porque ninguém sabe como vai ficar a relação entre o governo e a Câmara", disse o gerente de renda variável da corretora H.Commcor Ari Santos.

O sinal amarelo no front político veio com a divulgação do depoimento do empresário Lúcio Funaro à Procuradoria-Geral da República, no qual afirma que o presidente Temer seria destinatário de parte da propina negociada em esquema de corrupção comandado pelo ex-deputado Eduardo Cunha

A divulgação dos vídeos da delação de Funaro abriram uma crise entre Temer e o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), uma vez que foram tornados públicos pelo site da Casa.

No entanto, a visão para o mercado no cenário de longo prazo segue favorável. A equipe do BTG Pactual destacou que embora o Ibovespa já tenha subido muito, há espaço para novas altas.

O banco destacou que no cenário em que reformas sejam aprovadas e a situação fiscal controlada, a taxa de juros poderia cair mais e seguir baixa por mais tempo, indicando potencial para mais altas no mercado acionário.

O BTG fez algumas simulações e o cenário intermediário mostra potencial de uma expansão do Ibovespa a 88.492 pontos, sendo que no melhor cenário o índice poderia chegar a 113.868 pontos ou cair a 49.688 pontos no cenário mais negativo.

A sessão marcou o início das operações com horário estendido das negociações, com o pregão funcionando das 10h até as 18h, devido ao início do horário de verão no Brasil.

Destaques

- SANTANDER UNIT subiu 3,95 por cento, melhor desempenho do setor no Ibovespa, com visão mais otimista de analistas. O Credit Suisse elevou o preço-alvo das units do banco de 32 para 36 reais, mantendo a recomendação "overweight". O BTG Pactual havia melhorado a recomendação para os papéis do Santander, na sexta-feira, de "venda" para "neutra"

- ITAÚ UNIBANCO PN caiu 0,52 por cento, após decisão da superintendência do Cade, que considerou complexa a compra pelo Itaú Unibanco da corretora XP Investimentos e pediu mais informações. BRADESCO PN recuou 0,27 por cento e BANCO DO BRASIL ON subiu 0,21 por cento.

- VALE ON avançou 1,34 por cento, em linha com os contratos futuros do minério de ferro na China.

- PETROBRAS PN subiu 0,25 por cento e PETROBRAS ON ganhou 0,36 por cento, em linha com os preços do petróleo no mercado internacional.

- EMBRAER ON caiu 2,47 por cento, revertendo os ganhos vistos mais cedo, quando chegou a subir pouco mais de 1 por cento, após o pedido firme para a empresa nesta segunda-feira de seis aeronaves A-29 Super Tucano.

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