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Ibovespa fecha perto da estabilidade com Previdência

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), reconheceu a dificuldade de votar a reforma da Previdência na próxima semana

B3: o Ibovespa fechou com variação positiva de 0,09%, a 72.800 pontos (Patricia Monteiro/Bloomberg)

B3: o Ibovespa fechou com variação positiva de 0,09%, a 72.800 pontos (Patricia Monteiro/Bloomberg)

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Reuters

Publicado em 11 de dezembro de 2017 às 19h20.

São Paulo - O principal índice da bolsa paulista fechou praticamente estável nesta segunda-feira, perdendo fôlego após o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), reconhecer a dificuldade de votar a reforma da Previdência na próxima semana.

O Ibovespa fechou com variação positiva de 0,09 por cento, a 72.800 pontos. Na máxima da sessão, o índice subiu 0,86 por cento, enquanto recuou 0,32 por cento na mínima.

O giro financeiro somou 6,88 bilhões de reais, abaixo da média diária para dezembro até sexta-feira de 8,35 bilhões de reais. No mês passado, a média diária foi de 10,33 bilhões de reais.

Maia (DEM-RJ) disse que "não é fácil" votar a reforma da Previdência na semana que vem e afirmou que só pautará a proposta caso existam garantias "muito claras" de que ela será aprovada pelos deputados.

As declarações vieram após uma abertura mais favorável da bolsa, diante do noticiário do fim de semana mais positivo sobre as negociações da reforma da Previdência.

"A gente tinha um viés mais positivo e ele fez esses comentários que não foram muito bem recebidos", disse o analista da Um Investimentos Aldo Moniz. "A gente está vivendo a situação em que uns dizem que vai ter a votação e outros dizem que não e isso atrapalha uma tomada de decisão", completou.

No fim de semana, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, foi confirmado como presidente do PSDB e disse ser a favor de o partido fechar questão sobre a reforma.

A postura de Alckmin trouxe ventos mais favoráveis ao governo do presidente Michel Temer, que também anunciou que o deputado Carlos Marun (PMDB-MS) vai assumir o lugar do tucano Antônio Imbassahy na Secretaria de Governo da Presidência da República, em medida que pode ajudar nas negociações para aumentar o apoio à reforma.

Destaques

- PETROBRAS PN subiu 0,2 por cento e PETROBRAS ON teve alta de 0,5 por cento, perdendo fôlego ao longo do dia, em meio às incertezas com relação à reforma da Previdência, em sessão com ganhos para os preços do petróleo no mercado internacional.- VALE ON avançou 0,79 por cento, na contramão dos contratos futuros do minério de ferro na China, que fecharam em baixa nesta sessão.

- USIMINAS PNA ganhou 3,23 por cento, CSN ON teve alta de 1,63 por cento e GERDAU PN avançou 1,2 por cento, em dia de ganhos para os contratos futuros do aço na China.

- JBS ON caiu 2,05 por cento, tendo no radar a operação da Polícia Federal baseada nas delações premiadas de executivos da JBS, que apontam o pagamento de 160 milhões de reais em propina para facilitar a liberação pela Receita Federal de créditos tributários à empresa.

- ESTÁCIO PARTICPAÇÕES ON recuou 4,93 por cento, liderando a ponta negativa do índice, tendo no radar ainda o embate judicial no qual a empresa se envolveu na semana passada após a demissão de professores em todo o território nacional.

- KROTON ON perdeu 2,77 por cento, em sessão marcada por encontro de executivos da empresa com investidores. Os executivos da Kroton disseram que a empresa vê grande potencial para crescer em educação básica e continuada nos próximos anos, possivelmente via aquisições. Além disso, a empresa espera abrir 30 unidades próprias de graduação e 150 por meio de parcerias.

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