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Ibovespa fecha no vermelho pelo 4º pregão seguido

Investidores adotaram cautela diante da cena política local e de olho nas tensões entre Coreia do Norte e Estados Unidos.

Ibovespa: a leitura no plenário da Câmara da nova denúncia contra o presidente Temer ocorreu nesta terça (Paulo Whitaker/Reuters)

Ibovespa: a leitura no plenário da Câmara da nova denúncia contra o presidente Temer ocorreu nesta terça (Paulo Whitaker/Reuters)

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Reuters

Publicado em 26 de setembro de 2017 às 18h23.

São Paulo - O principal índice da bolsa paulista fechou em leve baixa nesta terça-feira, engatando o quarto pregão seguido no vermelho, com investidores adotando cautela diante da cena política local e de olho nas tensões entre Coreia do Norte e Estados Unidos.

O Ibovespa fechou em queda de 0,17 por cento, a 74.318 pontos, acumulando perda de 2,22 por cento em quatro pregões. O giro financeiro somou 9,46 bilhões de reais.

Após duas tentativas frustradas por falta de quórum, a leitura no plenário da Câmara dos Deputados da nova denúncia contra o presidente Michel Temer ocorreu nesta terça-feira, dando início à tramitação na Casa.

Em meio ao processo da denúncia contra o presidente, cresceram os receios de atraso nas reformas, incluindo a da Previdência, o que tem ajudado a manter a cautela nos mercados.

"O clima político meio abalado levanta dúvidas sobre o que governo vai ter que ceder a mais para conter a denúncia", disse o gerente de renda variável da corretora H.Commcor Ari Santos.

O movimento de ajuste na bolsa, contudo, tem sido limitado por cenário econômico mais positivo, com inflação baixa e tendência de queda para a taxa de juros, o que favorece a migração para investimentos para a renda variável.

Investidores seguem atentos ainda às tensões geopolíticas, embora a sessão tenha sido menos turbulenta do que na véspera, após declarações dos Estados Unidos destacando que os esforços diplomáticos para lidar com a crise provocada pelos programas nuclear e de mísseis da Coreia do Norte continuam.

"O temor de que as provocações se ampliem entre os dois líderes ainda é fator de risco para tumultuar o mercado de ações no curto prazo", escreveram mais cedo analistas da corretora Magliano, em nota a clientes.

Destaques

- CEMIG PN caiu 2,31 por cento, ao final de uma sessão volátil na qual subiu 2,79 por cento na máxima e caiu 4,98 por cento na mínima. No radar estava a proposta de aumento de capital proposto pela elétrica mineira, com a visão positiva amparada na expectativa de que os recursos sejam usados para redução de dívida, enquanto a pressão vinha do valor proposto abaixo do último fechamento e da eventual possibilidade de a empresa usar os recursos para aquisições.

- PETROBRAS PN caiu 1,77 por cento e PETROBRAS ON perdeu 1,1 por cento, em linha com o movimento dos preços do petróleo no mercado internacional.

- KLABIN UNIT caiu 3,5 por cento, SUZANO PAPEL E CELULOSE teve baixa de 3,05 por cento e FIBRIA ON perdeu 2,99 por cento, com os papéis do setor de papel e celulose liderando a ponta negativa do Ibovespa, apesar da alta do dólar ante o real, que tende a favorecer as empresas exportadoras. Mesmo com as perdas da sessão, os papéis das empresas do setor seguem com ganhos acumulados no ano, com Klabin subindo 6,8 por cento, Suzano em alta de 28,7 por cento e Fibria avançando 25 por cento.

- ESTÁCIO PARTICIPAÇÕES ON avançou 3,5 por cento e liderou a ponta positiva do Ibovespa, em movimento de ajuste após cair 5,92 por cento na véspera.

- USIMINAS PNA avançou 1,58 por cento, após cair mais de 12 por cento na véspera. GERDAU PN teve alta de 1,28 por cento e CSN ON ganhou 0,96 por cento, também após as quedas da véspera e com algum respaldo da alta para os contratos futuros do aço na China.

- VALE ON subiu 1,32 por cento, em movimento de recuperação após cair nos cinco pregões anteriores, acumulando perda de 9,2 por cento no período.

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