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Ibovespa fecha no menor nível desde março

A Bovespa fechou em leve queda pelo 2º pregão seguido, com o Ibovespa no menor nível desde março


	Ibovespa: as ações da Petrobras reduziram as perdas no final
 (Germano Luders/Exame)

Ibovespa: as ações da Petrobras reduziram as perdas no final (Germano Luders/Exame)

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Da Redação

Publicado em 9 de dezembro de 2014 às 17h58.

São Paulo - A Bovespa fechou em leve queda pelo segundo pregão seguido nesta terça-feira e com o seu principal índice no menor patamar desde março deste ano, mas longe da mínima da sessão, quando caiu abaixo de 50 mil pontos, conforme as ações da Petrobras reduziram as perdas no final.

Os papéis da estatal passaram o dia pressionados pela notícia sobre ação judicial coletiva contra a empresa em um tribunal federal de Nova York por corrupção e guiaram a queda do Ibovespa ao longo de quase todo o pregão, mas ao fim do pregão a Vale exerceu a principal pressão de queda no índice.

As ações da mineradora recuaram 2,33 por cento, a 17,64 reais, mesmo preço do fechamento de 30 de dezembro de 2008, em meio à queda do minério de ferro na China e notícia sobre possível corte de impostos para mineradoras chinesas pelo governo.

A alta dos papéis do Bradesco, após o banco anunciar pagamento de juros sobre capital próprio, e a redução das perdas nos mercados acionários em Wall Street também ajudaram a reduzir as perdas do principal índice acionário brasileiro.

O Ibovespa fechou em queda de 0,16 por cento, a 50.193 pontos, após ter marcado 49.395 pontos na mínima. O volume financeiro somou 6,4 bilhões de reais.

A preferencial da Petrobras recuou 1,22 por cento, a 11,36 reais, após cair a 10,81 reais, tocando níveis de agosto de 2005. O preço de fechamento foi o menor desde 19 de agosto de 2005. O ADR (recibo de ação) da companhia perdia 0,24 por cento em NY, a 8,21 dólares.

Em Nova York, o S&P 500 perdia apenas 0,17 por cento, após cair mais de 1 por cento mais cedo nesta terça-feira.

Relatório do BofA Merrill Lynch nesta terça-feira, com um dos subtítulos "Esqueça Bric, fique com IC", serviu como presságio para o que o dia reservava a investidores na Bovespa, pelo menos em boa parte do pregão.

Os estrategistas do banco recomendaram a investidores em mercados emergentes que se concentrem em Índia e busquem oportunidades para aumentar a alocação em China, enquanto veem "desafios significativos para Brasil e Rússia nos próximos muitos meses".

A notícia da ação judicial em NY contra a Petrobras trouxe nervosismo, enquanto o mercado segue na expectativa da divulgação prevista para sexta-feira do balanço não auditado da companhia, que foi adiado também por denúncias de corrupção.

A manutenção da alta do petróleo ajudou no alívio. Papéis de exportadoras de carnes corroboraram a melhora, com destaque para JBS, diante da notícia de que o Japão pode voltar a importar carne bovina brasileira. "Se confirmada, a abertura seria positiva e deixaria espaço para outros mercados reduzirem barreiras comerciais à carne brasileira", avaliou o BTG Pactual, em nota a clientes.

Ainda no vermelho

Rossi Residencial manteve a liderança entre as perdas do índice, com recuo de 8,33 por cento, após o Citi cortar o preço-alvo do papel da construtora e incorporadora para 3,30 reais ante 7,75 reais anteriormente. A recomendação é "neutra".

As ações de Gerdau e Gerdau Metalúrgica ampliaram as perdas à tarde e terminaram entre as maiores quedas do Ibovespa, tocando as mínimas da sessão, assim como CSN. Eletropaulo também chegou a figurar entre as maiores quedas do índice na segunda etapa do dia. O diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Romeu Rufino, disse nesta terça-feira que a decisão sobre uma eventual nova ajuda às distribuidoras para cobrir despesas no mercado de curto prazo de energia deve sair até janeiro.

Banco do Brasil caiu 2,52 por cento, em meio a informação de coluna do site da Folha de S.Paulo de que o Planalto teria convidado o deputado Anthony Garotinho (PR-RJ) para assumir uma vice-presidência no BB.

Eletrobras terminou em baixa após a Aneel negar pedido da empresa por revisão extraordinária da tarifa de repasse de potência de Itaipu em 2014. ALL caiu 2,17 por cento e Cosan Log terminou estável.

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) informou que a superintendência-geral do órgão de defesa da competição recomendou a impugnação da incorporação da transportadora ferroviária ALL pela Rumo Logística, do grupo Cosan. As preferenciais da Oi caíram 3,33 por cento, após confirmar acordo para venda dos ativos portugueses da Portugal Telecom ao grupo europeu Altice.

Mas acionistas minoritários da Portugal Telecom SGPS disseram que recorrerão a todos os mecanismos para barrar a venda. Os papéis ordinários da Oi, que não fazem parte do Ibovespa, cederam 2,33 por cento.

Veja as maiores baixas e altas do Ibovespa nesta terça-feira:

BAIXAS Ação Código Preço(R$) Variação ROSSI RESID ON 2,53 -8,33% PDG REALT ON 0,91 -6,19% GERDAU PN 9,3 -5,1% GERDAU MET PN 11,02 -4,92% SID NACIONAL ON 5,05 -3,63% BRADESPAR PN 12,82 -3,54% OI PN 1,16 -3,33% COSAN ON 28,9 -2,86% ELETROBRAS ON 5,51 -2,82% BRASIL ON 25,16 -2,52% ALTAS Ação Código Preço(R$) Variação EMBRAER ON 23,45 3,03% JBS ON 11,25 2,74% MARFRIG ON 5,49 2,43% BR PROPERT ON 10,14 2,42% LOCALIZA ON 34,56 2,4% BRADESCO PN 36,41 2,33% CEMIG PN 13,3 2,31% CESP PNB 25,61 1,79% GOL PN 14,61 1,53% TIM PART ON 11,5 1,5%

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