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Ibovespa fecha no azul após governo acertar data para Previdência

A volatilidade, que marcou os negócios esta semana, deve seguir em destaque nos próximos pregões, até que se tenha mais clareza do apoio à reforma

B3: investidores preferiram adotar alguma cautela antes do fim de semana (Arthur Nobre/Divulgação)

B3: investidores preferiram adotar alguma cautela antes do fim de semana (Arthur Nobre/Divulgação)

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Reuters

Publicado em 8 de dezembro de 2017 às 18h52.

São Paulo - O principal índice da bolsa paulista fechou no azul nesta sexta-feira, encontrando algum alívio após o governo acertar para o dia 18 a votação da reforma da Previdência na Câmara dos Deputados, mas ainda com cautela, à espera de novidades sobre o apoio à medida.

O Ibovespa fechou em alta de 0,34 por cento, a 72.731 pontos, acumulando alta de 0,65 por cento na semana. O giro financeiro somou 7,95 bilhões de reais.

Após subir 1,29 por cento na máxima do dia, os ganhos perderam força rumo ao fechamento do pregão, com investidores preferindo adotar alguma cautela antes do fim de semana, à espera do noticiário em torno das articulações para a Previdência.

A volatilidade, que marcou os negócios esta semana, deve seguir em destaque nos próximos pregões, até que se tenha mais clareza do apoio à reforma.

Nesta sessão, o tom mais favorável veio após o presidente Michel Temer acertar com lideranças da Câmara colocar em votação a nova versão da reforma da Previdência na semana de 18 a 22 de dezembro, a última de atividade legislativa do Congresso, sendo que o líder do governo na Câmara, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), disse que ficou acordado o dia 18 para apreciar a proposta na Casa.

"Existe uma incerteza ainda e o mercado não vai ficar valente, mas como houve essa perspectiva de uma data o mercado gostou disso", disse o economista da Órama Investimentos Alexandre Espirito Santo.

O exterior também ajudou o tom mais favorável da sessão, após dados da balança comercial da China, que teve desempenho melhor que o esperado em novembro, e do mercado de trabalho dos Estados Unidos, que mostraram crescimento do emprego, mas sem alterar a visão de um aumento gradual de juros no país.

Destaques

- PETROBRAS PN subiu 0,59 por cento e PETROBRAS ON avançou 0,19 por cento, com respaldo do cenário positivo para os preços do petróleo no mercado internacional e também com a melhora do humor em torno do avanço da reforma da Previdência.

- VALE ON ganhou 0,4 por cento, apesar da queda dos contratos futuros do minério de ferro na China, mas após dados mostrarem alta na importação da commodity pelo país asiático.

- ITAÚ UNIBANCO PN teve alta de 0,86 por cento e BRADESCO PN ganhou 0,27 por cento, em sessão positiva para o setor bancário. BANCO DO BRASIL ON avançou 0,58 por cento e SANTANDER UNIT teve ganhos de 2,4 por cento.

- KROTON ON caiu 3,96 por cento, reagindo à renúncia de Frederico Brito e Abreu como diretor financeiro da companhia. Segundo a equipe do BTG Pactual, ele foi um dos principais executivos por trás da retomada da empresa nos últimos anos e vinha sendo considerado o sucessor do presidente-executivo, Rodrigo Galindo.

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