Mercados

Ibovespa fecha na máxima em quase 1 ano

O principal índice da Bovespa avançou para a máxima em quase um ano, fechando acima dos 54 mil pontos


	Operadores na Bovespa: o Ibovespa subiu 2,63 por cento, a 54.477 pontos
 (Germano Lüders/EXAME.com)

Operadores na Bovespa: o Ibovespa subiu 2,63 por cento, a 54.477 pontos (Germano Lüders/EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 27 de abril de 2016 às 18h06.

São Paulo - O principal índice da Bovespa avançou para a máxima em quase um ano nesta quarta-feira, fechando acima dos 54 mil pontos, conduzido pelas ações de bancos após resultado trimestral do Santander Brasil e em meio a expectativas sobe a cena política.

Ações relacionadas a commodities também deram suporte ao pregão brasileiro, particularmente após o Federal Reserve demonstrar confiança na economia norte-americana, mas sem sinalizar alta dos juros dos Estados Unidos já no mês de junho.

O Ibovespa subiu 2,63 por cento, a 54.477 pontos. Trata-se do maior patamar de fechamento desde 25 de maio de 2015.

O volume financeiro somou 8,3 bilhões de reais Da cena política, conforme o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff caminha no Senado e muitos agentes financeiros veem o afastamento dela como o "caminho natural", crescem as especulações sobre uma nova equipe econômica.

O ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles, que agrada o mercado, vem aparecendo entre os mais cotados para ocupar o Ministério da Fazenda em um eventual governo do vice-presidente Michel Temer, caso o Senado afaste Dilma por 180 dias.

Corroboraram as expectativas positivas declarações do presidente interino do PMDB, senador Romero Jucá (RR), de que o reequilíbrio das contas públicas e a restauração da confiança serão prioritários em um governo Temer e que a elevação dos impostos ainda não está em questão.

Do exterior, o banco central dos EUA endossou o avanço local ao não sinalizar uma alta iminente do juro norte-americano. As commodities ampliaram os ganhos após o comunicado do Fed, com o petróleo renovando máximas em 2016.

DESTAQUES

- SANTANDER BRASIL subiu 2,36 por cento, após mostrar lucro praticamente estável, mas queda nas despesas com provisões para calotes, impulsionando o setor como um todo. BRADESCO fechou com acréscimo de 3,52 por cento, ITAÚ UNIBANCO avançou 3,42 por cento e BANCO DO BRASIL ganhou 2,53 por cento, com perspectivas relacionadas ao cenário político também amparando os papéis.

- PETROBRAS fechou com as preferenciais em alta de 6 por cento, acima de 10 reais, na máxima desde agosto de 2015, conforme os preços do petróleo retomaram o fôlego, renovando máximas de 2016. Os papéis também seguem contagiados pelo ambiente político.

- VALE encerrou com as preferenciais em alta de 3,11 por cento, na esteira do avanço das commodities como um todo e revertendo o declínio da manhã, quando seguiu o recuo dos preços do minério de ferro. A mineradora está planejando reiniciar seu projeto de potássio Rio Colorado, na Argentina, mas com capacidade prevista menor do que o objetivo inicial.

- USIMINAS saltou 7,5 por cento, liderando os ganhos das siderúrgicas e do Ibovespa. Nesta sessão o plenário do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou a indicação pela CSN de membros para o Conselho de Administração da empresa. A CSN também está questionando na Justiça contratos entre Usiminas e uma de suas controladoras, a Nippon Steel.

- SUZANO PAPEL E CELULOSE avançou 3,92 por cento, com o balanço do primeiro trimestre repercutindo positivamente entre analistas, que destacaram volumes fortes.

- HYPERMARCAS fechou com acréscimo de 2,09 por cento, após salto no lucro para 1 bilhão de reais no primeiro trimestre, em resultado influenciado pela conclusão da venda do braço de cosméticos para a Coty. O Itaú BBA disse que o mercado continua a esperar potencial operação de fusão e aquisição envolvendo a companhia.

- FIBRIA caiu 1,72 por cento, diante de resultado trimestral considerado fraco por analistas, com queda nos volumes e custos um pouco maiores. A fabricante de celulose vê tendência de recuperação dos preços na China, mas ponderou que o momento é incerto.

- ESTÁCIO PARTICIPAÇÕES caiu 2,88 por cento, liderando as perdas no Ibovespa e na contramão do setor de educação, tendo no radar relatório do Morgan Stanley de teria encontrado indicações de que a companhia pode estar registrando parte dos descontos oferecidos a estudantes como despesas com marketing, o que significa que a mensalidade efetiva comparada com seus pares poderia ser na verdade 5 a 10 por cento menor do que o reportado. KROTON subiu 2,27 por cento, tendo ainda no radar flexibilização das regras do Fies.

Texto atualizado às 18h05

Acompanhe tudo sobre:B3bolsas-de-valoresIbovespaMercado financeiro

Mais de Mercados

Depois de Nvidia, Intel agora sonda Apple para parceria, diz agência

Assaí aciona Justiça para se proteger de dívidas tributárias do GPA

Oracle prevê levantar US$ 15 bilhões com emissão de títulos corporativos

Ibovespa fecha em ligeira alta e garante novo recorde de fechamento