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Ibovespa fecha em queda por receios sobre reforma da Previdência

A piora do humor nesta sessão veio após o Ibovespa terminar em alta de 1% na véspera, com a renovação dos ânimos sobre a reforma

B3: "O mercado está bem atento a cada palavra. Se alguém falar que tem os votos necessários, ou que a votação foi marcada, o bom humor volta" (Patricia Monteiro/Bloomberg)

B3: "O mercado está bem atento a cada palavra. Se alguém falar que tem os votos necessários, ou que a votação foi marcada, o bom humor volta" (Patricia Monteiro/Bloomberg)

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Reuters

Publicado em 7 de dezembro de 2017 às 18h48.

São Paulo - O principal índice da bolsa paulista fechou em baixa nesta quinta-feira, pressionado pela volta dos receios de que o governo não tenha votos suficientes para colocar a proposta da reforma da Previdência em votação na próxima semana na Câmara dos Deputados.

O Ibovespa fechou em baixa de 1,07 por cento, a 72.487 pontos, mas longe da mínima, quando caiu 2,61 por cento. O giro financeiro somou 9,05 bilhões de reais.

A piora do humor nesta sessão veio após o Ibovespa terminar em alta de 1 por cento na véspera, com a renovação dos ânimos sobre a reforma da Previdência, depois que o PMDB fechou questão a favor da reforma.

Os ânimos voltaram a esfriar nesta sessão, no entanto, diante das dúvidas em relação à quantidade de votos em apoio à reforma. Uma liderança governista disse à Reuters que as chances de votação da reforma da Previdência na próxima semana estão menores, devido a resistências de partidos aliados como o PRB, o PR e o PSD.

Na véspera, o governo do presidente Michel Temer adiou para esta quinta-feira uma decisão sobre se a nova versão da reforma da Previdência seria colocada em votação no plenário da Câmara na próxima semana. A medida precisa de pelo menos 308 votos para passar na Câmara.

"O mercado está bem atento a cada palavra. Se alguém falar que tem os votos necessários, ou que a votação foi marcada, o bom humor volta", disse o gerente de renda variável da corretora H.Commcor Ari Santos.

Destaques

- PETROBRAS PN caiu 1,68 por cento e PETROBRAS ON perdeu 0,88 por cento, cedendo ao mau humor no mercado, apesar do tom mais positivo para os preços do petróleo no mercado internacional.- VALE ON teve baixa de 1,17 por cento, em sessão de perdas para os contratos futuros do minério de ferro na China.

- BANCO DO BRASIL ON caiu 3,87 por cento, no pior desempenho para o setor bancário dentro do Ibovespa e entre as maiores quedas do índice. BRADESCO PN recuou 0,72 por cento e ITAÚ UNIBANCO PN perdeu 0,33 por cento. Já SANTANDER UNIT abandonou as perdas vistas mais cedo e fechou com ganhos de 0,51 por cento.

- JBS recuou 2,16 por cento em dia de apresentação da companhia a investidores e analistas. No encontro, executivos afirmaram que o grupo ainda avalia como prioridade listagem em Nova York de sua subsidiária norte-americana e que a unidade Seara está aproveitando os sinais de recuperação na economia brasileira para elevar o preço médio de seus produtos. Também no radar estava a informação que o BNDESPar pode vender ações da JBS.

- EMBRAER ON subiu 1,51 por cento, liderando a ponta positiva do índice, com os ganhos amparados na alta do dólar frente ao real, que nesta sessão voltou a se aproximar de 3,30 reais diante dos receios em torno do avanço da reforma da Previdência.

- MAGAZINE LUIZA ON , que não faz parte do Ibovespa, disparou 10,55 por cento, diante da visão mais otimista sobre a empresa após encontro com analistas e investidores ocorrido mais cedo.

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