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Ibovespa fecha quase estável diante de cautela antes de julgamento de Lula

Ibovespa caiu 0,05 por cento, a 84.623 pontos. Mais cedo, o índice subiu 0,88 por cento no melhor momento

Ibovespa: volume financeiro do pregão somou 8,39 bilhões de reais (Germano Lüders/Exame)

Ibovespa: volume financeiro do pregão somou 8,39 bilhões de reais (Germano Lüders/Exame)

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Reuters

Publicado em 3 de abril de 2018 às 17h11.

Última atualização em 3 de abril de 2018 às 18h00.

São Paulo - O principal índice do mercado acionário brasileiro praticamente estável nesta terça-feira, em meio à cautela dos agentes financeiros antes do julgamento pelo STF de um pedido de habeas corpus do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O Ibovespa caiu 0,05 por cento, a 84.623 pontos. Mais cedo, o índice subiu 0,88 por cento no melhor momento. O volume financeiro do pregão somou 8,39 bilhões de reais.

De acordo com profissionais da área de renda variável ouvidos pela Reuters, investidores locais e estrangeiros diminuiram sua exposição na bolsa brasileira para esperar o desfecho no Supremo Tribunal Federal (STF).

O plenário do STF analisa na quarta-feira o pedido de habeas corpus da defesa de Lula, que busca impedir que ele seja preso antes de esgotados recursos em todas as instâncias do Judiciário contra a condenação a 12 anos e 1 mês de prisão imposta pelo TRF-4 por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do tríplex no Guarujá (SP).

A preocupação sobre o resultado, principalmente no caso de uma decisão favorável a Lula, está atrelada a um potencial imbróglio jurídico que poderia envolver a eleição presidencial no caso de candidatura do petista, citaram esses profissionais.

A fraqueza doméstica ocorreu apesar da recuperação nos pregões norte-americanos, onde o S&P 500 fechou em alta de 1,26 por cento, após fortes perdas na véspera.

Destaques

- ITAÚ UNIBANCO PN caiu 0,94 por cento, com blue chips sofrendo mais diante do menor apetite a risco conforme investidores voltaram o foco para o cenário político doméstico. BANCO DO BRASIL ON cedeu 1,32 por cento.

- BRADESCO PN avançou 1,12 por cento, tendo no radar evento do banco com investidores. Em nota, o BTG Pactual disse que o evento trouxe visão mais positiva sobre provisões e que, apesar do desafio de juros mais baixos.

- PETROBRAS PN recuou 0,91 por cento, apesar da alta dos preços do petróleo no exterior, também contaminada pela cautela antes do julgamento no STF. PETROBRAS ON, por sua vez, avançou 0,26 por cento, em sessão com noticiário relativamente intenso sobre a petroleira.

- VALE ON cedeu 0,3 por cento, em sessão também marcada pela queda nos preços do minério de ferro na China.

- TIM subiu 4,46 por cento, após o início da cobertura dos papéis pelo Goldman Sachs, com recomendação de 'compra' e preço-alvo de 20 reais, conforme relatório sobre o setor de telecomunicações na América Latina.

- JBS ON caiu 3,19 por cento, após alta nos dois pregões anteriores, descolada do setor. MARFRIG ON subiu 2,06 por cento e MINERVA ON, valorizou-se 8,19 por cento.

- BRF ON avançou 1 por cento, com notícia de que o presidente do conselho de administração, Abilio Diniz, deve renunciar ao cargo em reunião extraordinária do colegiado na quinta-feira, segundo o Valor Econômico.

 

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