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Ibovespa fecha em alta com expectativas sobre eleições; Vale recua

O principal índice de ações da B3 subiu 0,16 por cento, a 77.486,84 pontos, mudando nos últimos minutos o sinal registrado na maior parte do pregão

Ibovespa: volume financeiro na bolsa somou 10,2 bilhões de reais (Patricia Monteiro/Bloomberg)

Ibovespa: volume financeiro na bolsa somou 10,2 bilhões de reais (Patricia Monteiro/Bloomberg)

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Reuters

Publicado em 19 de julho de 2018 às 17h09.

Última atualização em 19 de julho de 2018 às 17h46.

São Paulo - O Ibovespa reverteu as perdas no ajuste de fechamento e encerrou em alta nesta quinta-feira, guiado pela melhora da ações de bancos e da Petrobras, em meio a expectativas relacionadas a potenciais coligações para a corrida presidencial.

O principal índice de ações da B3 subiu 0,16 por cento, a 77.486,84 pontos, mudando nos últimos minutos o sinal registrado na maior parte do pregão. O volume financeiro na bolsa somou 10,2 bilhões de reais.

De acordo profissionais da área de renda variável, notícias de que o grupo dos chamados partidos de centro formado por PP, DEM, PR, SD e PRB, conhecido como blocão, caminhava para apoiar o pré-candidato do PSDB, Geraldo Alckmin, sustentaram a melhora.

Um dos gestores ouvidos pela Reuters disse que a chance de o blocão apoiar o pedetista Ciro Gomes aventada nesta semana pesou no pregão na véspera e mais cedo nesta sessão, mas a sinalização de que isso não aconteceria repercutiu positivamente.

Na mínima nesta sessão, o Ibovespa caiu 1,9 por cento, a 75.889,82 pontos.

Fontes envolvidas diretamente nas negociações afirmaram à Reuters que Alckmin e interlocutores próximos fizeram uma contraofensiva nos últimos dias e que o blocão pode até fechar uma aliança formal com o tucano.

"Na prática, ele (Alckmin) ganha tempo de rádio e TV e tende a enfraquecer seus oponentes", destacou o analista-chefe da Rico Investimentos, Roberto Indech.

"Essa perspectiva anima o mercado porque ele seria um candidato que mais se aproxima do discurso de continuidade das reformas de ajuste fiscal necessárias ao país. Por enquanto é um dos poucos que se posicionaram em relação a esse tema", disse.

No exterior, o índice acionário norte-americano S&P 500 recuou, após resultados decepcionantes e aumento da tensão comercial diante da possibilidade de a União Europeia retaliar com tarifas sobre bens importados dos EUA.

Destaques

- ITAÚ UNIBANCO subiu 1,44 por cento e BRADESCO PN avançou 1,26 por cento, ganhando fôlego no final da sessão com o noticiário político-eleitoral, enquanto BANCO DO BRASIL reduziu as perdas para 0,89 por cento. SANTANDER BRASIL UNIT avançou 0,37 por cento.

- PETROBRAS PN fechou em alta de 1,94 por cento e PETROBRAS ON avançou 1,16 por cento, também reagindo às expectativas ligadas à corrida presidencial, apesar da queda dos preços do petróleo Brent.

- KROTON avançou 6,19 por cento, em sessão positiva para o setor de educação, com ESTÁCIO valorizando-se 2,76 por cento. No ano, essas ações ainda acumulam declínios de 33,7 e 24,3 por cento, respectivamente.

- TIM subiu 1,87 por cento, também revertendo as perdas em boa parte da sessão, antes da divulgação do resultado do segundo trimestre nesta quinta-feira. Analistas do BTG esperam mais um resultado forte, citando entre os suportes foco na migração de contas pré para pós-pagas.

- VALE caiu 3,93 por cento, respondendo pela maior pressão individual de baixa no Ibovespa, em meio a receios sobre aumento da tensão comercial no exterior. Analistas do Itaú BBA esperam resultados sólidos da mineradora no segundo trimestre, mas com estabilidade do Ebitda na base trimestral.

- GOL PN cedeu 2,42 por cento, em sessão de alta do dólar ante o real, após cinco pregões seguidos de alta, período em que as ações da companhia aérea acumularam alta de mais de 20 por cento. A empresa de programas de fidelidade SMILES, controlada pela Gol, caiu 1,8 por cento.

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