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Ibovespa fecha em queda com ações da Eletrobras; Petrobras atenua perdas

O Ibovespa subiu 0,49 por cento, a 82.714 pontos. Na máxima, mais cedo, subiu 0,6 por cento

Ibovespa: volume financeiro do pregão somou 9 bilhões de reais (Facebook/B3/Reprodução)

Ibovespa: volume financeiro do pregão somou 9 bilhões de reais (Facebook/B3/Reprodução)

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Reuters

Publicado em 7 de maio de 2018 às 17h09.

Última atualização em 7 de maio de 2018 às 17h48.

São Paulo - O principal índice de ações da B3 fechou em queda nesta segunda-feira, abandonando os ganhos vistos na maior parte da sessão conforme Wall Street reduziu os ganhos, com as ações da Eletrobras liderando as perdas por receios sobre a privatização, enquanto o avanço de Petrobras atenuou a pressão negativa.

O Ibovespa subiu 0,49 por cento, a 82.714 pontos. Na máxima, mais cedo, subiu 0,6 por cento. O volume financeiro do pregão somou 9 bilhões de reais.

Nos Estados Unidos, o S&P 500 fechou em alta de 0,35 por cento, mas chegou a subir 0,75 por cento na máxima do dia, em dia de avanço dos papéis da Apple e de aumento dos preços do petróleo para máximas desde 2014.

O estrategista de investimentos do UBS Wealt Management, Ronaldo Patah, ponderou que a maior aversão a risco no exterior e questões internas deixaram a bolsa "de lado" nos últimos meses, mas afirmou que mantém a recomendação 'overweight' para a bolsa brasileira em uma cesta de emergentes, uma vez que vê crescimento bastante forte dos lucros das empresas, no geral.

Entre os fatores externos que ajudaram a azedar o humor nos mercados, ele citou preocupações com os juros norte-americanos e com uma escalada protecionista global e tensões geopolíticas, enquanto no front local citou o crescimento menor do que o esperado e a incerteza na cena eleitoral.

Desde o recorde alcançado em fevereiro (87.652 pontos no fechamento), o Ibovespa manteve-se ao redor dos 85 mil pontos, com o ganho no ano situando-se ao redor de 8 por cento. Em dólar, contudo, essa alta diminui para cerca de 1 por cento.

Destaques

- ELETROBRAS ON e ELETROBRAS PNB caíram 9,15 e 8,07 por cento, respectivamente, após entrevista do presidente da elétrica, Wilson Ferreira Jr., ao jornal Valor Econômico, na qual diz que a venda das distribuidoras da empresa pode atrasar. A venda dessas empresas é tida no mercado como essencial para o processo de privatização da Eletrobras. O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse de que o aumento salarial pedido pelo presidente da estatal e negado pelo governo seria "inaceitável".

- PETROBRAS ON e PETROBRAS PN subiram 3,56 e 1,71 por cento, respectivamente, recuperando-se de perdas na sexta-feira, tendo como pano de fundo a alta do petróleo no exterior e expectativa para o balanço do primeiro trimestre na terça-feira.

- BRADESPAR PN recuou 5,03 por cento, após notícia sobre decisão de processo da Elétron contra Bradespar e Litel referente a ações da Vale. Segundo o blog do colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo no fim de semana, foi homologado pela Justiça laudo pericial que fixa indenização de 4 bilhões de reais a ser paga à Elétron. A Bradespar disse que a homologação da perícia será objeto de recurso na Justiça.

- VALE cedeu 0,93 por cento, após quatro pregões seguidos de alta, no período no qual acumulou 2,79 por cento.

- SABESP caiu 4,19 por cento, após o governo paulista indicar para Karla Bertocco Trindade assumir o cargo de diretora-presidente, em substituição Jerson Kelman. Para o Itaú BBA, a mudança não deve pesar no processo de revisão tarifária da companhia.

- BB SEGURIDADE perdeu 2,62 por cento, após divulgação do resultado do primeiro trimestre, com lucro líquido ajustado de 907,4 milhões de reais, queda de 8,6 por cento em relação ao mesmo período do ano anterior.

- MRV e CYRELA subiram 4,07 e 1,13 por cento, nesta ordem, após o Credit Suisse elevar a recomendação dos papéis para 'neutra' e 'outperform', respectivamente, em amplo relatório sobre o setor imobiliário.

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