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Ibovespa fecha em queda de 1,86% com pressão de commodities

Os investidores também se preocupam cm as dificuldades que o governo deve enfrentar para aprovar a reforma da Previdência no plenário da Câmara

B3: "Todo mundo acredita que (a reforma) vai acabar passando, mas não se sabe que cara vai ter e é isso preocupa" (Facebook/B3/Reprodução)

B3: "Todo mundo acredita que (a reforma) vai acabar passando, mas não se sabe que cara vai ter e é isso preocupa" (Facebook/B3/Reprodução)

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Reuters

Publicado em 4 de maio de 2017 às 18h37.

São Paulo - O índice de referência da bolsa paulista fechou em baixa nesta quinta-feira, pressionado pelas perdas das commodities no mercado internacional e diante da preocupação com as dificuldades que o governo deve enfrentar à frente para aprovar a reforma da Previdência no plenário da Câmara dos Deputados.

O Ibovespa caiu 1,86 por cento, maior queda percentual desde 21 de março, a 64.862 pontos. O volume financeiro somou 9,2 bilhões de reais.

Na noite passada, a comissão especial da reforma da Previdência da Câmara aprovou o texto-base com voto favorável de 23 dos 37 integrantes, placar que não indica uma vitória com folga mais à frente na votação em plenário, onde são necessários 308 votos favoráveis em dois turnos de votação.

Após o resultado da véspera, o mercado agora avalia quanto o governo terá de ceder para conseguir o apoio necessário para aprovar as novas regras previdenciárias.

"Todo mundo acredita que (a reforma) vai acabar passando, mas não se sabe que cara vai ter e é isso preocupa", disse o analista da Um Investimentos Aldo Moniz.

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou nesta quinta-feira que o projeto de reforma da Previdência não pode ser fundamentalmente alterado daqui para frente e que as alterações que já ocorreram estão dentro de nível previsto.

Destaques

- PETROBRAS PN caiu 3,95 por cento e PETROBRAS ON perdeu 2,7 por cento, em sessão de forte baixa para os preços do petróleo no mercado internacional diante de sinais de que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e outros países produtores não vão tomar medidas mais drásticas para reduzir o persistente excesso de oferta mundial da commodity.

- VALE PNA cedeu 3,82 por cento, enquanto VALE ON teve desvalorização de 3,69 por cento, ampliando as perdas da véspera em mais um dia de queda dos contratos futuros do minério de ferro na China, que fecharam com a maior perda diária desde meados de novembro.

- CSN ON e USIMINAS PNA perderam 6,84 e 5,19 por cento, respectivamente, também pressionadas pelas fortes perdas das commodities metálicas na China.

- GERDAU PN caiu 2,2 por cento, registrando a menor perda entre as empresas de siderurgia e mineração do Ibovespa, tendo como pano de fundo o seu resultado trimestral. A empresa teve prejuízo líquido ajustado de 34 milhões de reais no primeiro trimestre. Analistas do Credit Suisse consideraram o resultado relativamente dentro do esperado, com uma forte recuperação de margem de lucro no Brasil, mas mostrando um fluxo de caixa negativo.

- SUZANO PAPEL E CELULOSE PNA caiu 1,53 por cento. No radar estava o resultado do primeiro trimestre da empresa, que mostrou queda de 60 por cento no lucro líquido sobre o mesmo período do ano passado, para 450 milhões de reais. Para analistas do Santander, os dados vieram ligeiramente acima do esperado. No entanto, eles citam entre os destaques negativos a queda do Ebitda na divisão de papel na base trimestral, devido ao volume menor de vendas e aos custos maiores.

- AMBEV ON avançou 2,53 por cento, entre as poucas altas do Ibovespa, apesar da empresa ter registrado queda de 20,1 por cento no lucro líquido ajustado no primeiro trimestre. Analistas do Credit Suisse ponderaram que as pressões de custos devem diminuir gradualmente, assim como veem chance de recuperação das margens.

- TENDA ON, que não faz parte do Ibovespa, disparou 80,2 por cento na sua reestreia na bolsa nesta sessão, após sua controladora Gafisa realizar um "spin off" da companhia, voltada para o setor de baixa renda.

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