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Ibovespa fecha em queda e recua abaixo de 84 mil pontos

O Ibovespa caiu 1,15 por cento, a 83.913 pontos

Ibovespa: volume financeiro do pregão somou 16,3 bilhões de reais (Germano Lüders/Exame)

Ibovespa: volume financeiro do pregão somou 16,3 bilhões de reais (Germano Lüders/Exame)

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Reuters

Publicado em 19 de março de 2018 às 17h10.

Última atualização em 19 de março de 2018 às 17h30.

São Paulo - O principal índice do mercado acionário brasileiro fechou no vermelho nesta segunda-feira, abaixo dos 84 mil pontos, contaminado pelo viés negativo no exterior, com as blue chips Vale, Itaú Unibanco e Petrobras entre as maiores pressões de baixa.

O Ibovespa caiu 1,15 por cento, a 83.913 pontos. O volume financeiro do pregão somou 16,3 bilhões de reais, inflado por operações ligadas ao vencimento dos contratos de opções sobre ações, que movimentou 5,63 bilhões de reais.

No exterior, a cautela ante a decisão de juros nos Estados Unidos na quarta-feira somou-se a notícias corporativas que minaram índices de ações na Europa e EUA. Em Wall Street, o S&P 500 caiu 1,4 por cento com o tombo da ação do Facebook após notícias de uso indevido de informações de usuários.

De acordo com o gestor Marco Tulli Siqueira, da mesa de operações de Bovespa da Coinvalores, o pregão brasileiro refletiu o tom negativo nas bolsas na Europa e EUA, sendo pressionado ainda pelo declínio nos preços do minério de ferro.

Também no radar esteve a designação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes como relator de habeas corpus coletivo para suspender todas as prisões, e também impedir que novas ocorram, nos casos de execução provisória da pena aos condenados em segunda instância.

A bolsa paulista ainda segue enfraquecida pela saída líquida de capital externo há 14 sessões consecutivas, tendo reduzido o saldo positivo no ano para menos de 2 bilhões de reais até o dia 15 de março.

Em nota a clientes, a equipe do Credit Suisse estimou que, se os estrangeiros continuarem vendendo neste ritmo, numa aproximação linear, devem zerar a posição antes do fim do mês.

Destaques

- ITAÚ UNIBANCO PN cedeu 2,15 por cento e BRADESCO PN caiu 1,02 por cento, afetados pelo viés negativo do mercado como um todo e pesando no Ibovespa em razão da relevante participação que ambos detêm na sua composição.

- VALE ON perdeu 2,84 por cento, com o recuo dos preços do minério de ferro na China, diante de estoques altos e um mercado de aço naquele país fraco. As siderúrgicas também foram contaminadas. USIMINAS caiu 4,93 por cento.

- PETROBRAS ON recuou 3,34 por cento e PETROBRAS PN cedeu 2,33 por cento, em meio à fraqueza dos preços do petróleo no exterior.

- SUZANO PAPEL E CELULOSE saltou 7,37 por cento, ainda apoiada no anúncio da última sexta-feira de fusão com FIBRIA, que caiu 0,22 por cento. O Credit Suisse elevou a recomendação de Suzano a 'outperform'.

- CEMIG PN ganhou 2,53 por cento. No radar estavam notícias da cena política mineira, mais especificamente a de que o senador Antonio Anastasia (PSDB) aceitou concorrer ao governo de Minas Gerais.

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