Mercados

Ibovespa fecha em queda com Vale e piora da Petrobras

O Ibovespa fechou em queda pressionado principalmente pela queda das ações da mineradora Vale e após deterioração dos papéis da Petrobras


	Bovespa: o Ibovespa caiu 1,77%, a 48.510 pontos
 (Nacho Doce/Reuters)

Bovespa: o Ibovespa caiu 1,77%, a 48.510 pontos (Nacho Doce/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de fevereiro de 2015 às 16h46.

SÃO PAULO - O principal índice da Bovespa fechou em queda nesta terça-feira, pressionado principalmente pelas ações da mineradora Vale e da Petrobras, conforme permanecem incertezas sobre o balanço auditado e o rumo da petroleira após troca de comando.

O Ibovespa caiu 1,77 por cento, a 48.510 pontos, após avançar 0,84 por cento na máxima do dia. O volume financeiro do pregão alcançou 6,2 bilhões de reais.

Os papéis da Petrobras chegaram a subir 5,6 por cento na primeira etapa dos negócios, ampliando os ganhos da véspera, em uma manhã com noticiário intenso sobre a empresa, incluindo cenários para a publicação do balanço auditado.

Mas o fôlego não durou e as preferenciaisfecharam em queda de 3,88 por cento e as ordinárias com recuo de 4 por cento, em meio a notícias desfavoráveis sobre a produção da estatal.

Na carta mensal do Fundo Verde FIC FIM, do gestor Luis Stuhlberger, a Verde Asset Management também disse que durante o ano as conversas sobre a perda do grau de investimento pela Petrobras voltarão e que a necessidade de uma capitalização também virá à tona.

"De qualquer forma, no curto prazo achamos que a posição técnica do mercado pode levar o preço do petróleo para algo entre 60 e 70 dólares, o que num primeiro momento poderá favorecer a Petrobras", observou o primeiro relatório mensal enviado a investidores desde a separação do fundo do Credit Suisse.

As ações da mineradora Vale fecharam em queda de 4,78 por cento, devolvendo os ganhos de mais de 4 por cento da véspera, e exercendo a maior pressão de baixa no Ibovespa. Em entrevista à Reuters, o presidente da mineradora, Murilo Ferreira, estimou que o preço do minério de ferro deve ficar acima de 70 dólares por tonelada no segundo trimestre e na maior parte do ano.

Bancos reforçaram o viés de baixa, com Banco do Brasil, que divulga o seu resultado trimestral na quarta-feira, à frente, caindo 3,34 por cento. Projeções apuradas pela Reuters apontam lucro recorrente de 2,9 bilhões de reais no quarto trimestre.

A companhia de seguros BB Seguridade, controlada pelo BB, reverteu a alta e cedeu 2,4 por cento, mesmo após divulgar lucro líquido acima do esperado no quarto trimestre de 2014 e estimar alta de até 22 por cento no lucro de 2015.

Os papéis de empresas de educação também sofreram nesta terça-feira, com a Kroton perdendo 3,74 por cento e Estácio caindo 3,19 por cento. O Ministério da Educação reiterou que não negociará a exigência de média de 450 pontos nas provas do Enem para garantir o acesso ao programa de financiamento ao ensino superior Fies, embora tenha dito que está discutindo os repasses às empresas de ensino.

Qualicorp experimentou uma trégua e subiu 4,67 por cento, maior ganho percentual do índice, após acumular forte queda nos últimos pregões, em meio a incertezas sobre possíveis mudanças nas regras dos planos de saúde pelo governo.

*Atualizada às 17h45 do dia 10/02/2015

Acompanhe tudo sobre:B3bolsas-de-valoresCapitalização da PetrobrasEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasEmpresas estataisEstatais brasileirasGás e combustíveisIbovespaIndústria do petróleoMercado financeiroMineraçãoPetrobrasPetróleoSiderúrgicasVale

Mais de Mercados

Reunião de Lula e Haddad e a escolha de Scott Bessent: os assuntos que movem o mercado

Do dólar ao bitcoin: como o mercado reagiu a indicação de Trump para o Tesouro?

Por que a China não deveria estimular a economia, segundo Gavekal

Petrobras ganha R$ 24,2 bilhões em valor de mercado e lidera alta na B3