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Ibovespa fecha em queda com pressão de NY

O Ibovespa caiu 0,25 por cento, a 84.767 pontos, tendo recuado 0,9 por cento na mínima do dia, a 84.196 pontos

Ibovespa: volume financeiro do pregão somou 9,9 bilhões de reais (Germano Lüders/Exame)

Ibovespa: volume financeiro do pregão somou 9,9 bilhões de reais (Germano Lüders/Exame)

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Reuters

Publicado em 22 de março de 2018 às 17h27.

Última atualização em 22 de março de 2018 às 17h47.

São Paulo - O principal índice de ações da B3 fechou em queda nesta quinta-feira, após sessão volátil, pressionado por fortes perdas em Wall Street, que prevaleceram sobre a sinalização da autoridade monetária brasileira de corte dos juros em maio.

O principal índice de ações da B3 fechou em leve queda na volátil sessão desta quinta-feira, pressionado por fortes perdas em Wall Street, que ofuscaram a sinalização da autoridade monetária brasileira de corte dos juros em maio.

O Ibovespa caiu 0,25 por cento, a 84.767 pontos, tendo recuado 0,9 por cento na mínima do dia, a 84.196 pontos, e avançado 0,6 por cento, a 85.499 pontos na máxima. O volume financeiro do pregão somou 9,9 bilhões de reais.

Em Nova York, os principais índices tiveram a maior queda percentual diária em seis semanas, em meio a preocupações acerca de uma guerra comercial, após o presidente Donald Trump assinar plano de tarifas contra China.

O S&P 500 caiu 2,5 por cento.

No Brasil, o Banco Central cortou a taxa básica de juros em 0,25 ponto percentual na quarta-feira, para a nova mínima histórica de 6,5 por cento ao ano, e indicou que fará mais uma redução da Selic em maio, surpreendendo economistas.

A última pesquisa Focus, divulgada na segunda-feira, mostrou que a expectativa de economistas de instituições financeiras era de Selic a 6,50 por cento no fim deste ano. Vários economistas revisaram suas projeções após a decisão do BC.

O baixo patamar dos juros no país tem sido um dos suportes para o desempenho das ações brasileiras, com investidores buscando maior rentabilidade para seus investimentos.

O gestor Márcio Appel, sócio fundador da Adam Capital, citou em evento nesta quinta-feira que o nível dos juros como um dos elementos que podem levar o Ibovespa a 160 mil em 12 meses, embora não seja seu cenário base, mais conservador.

Nesta sessão, a decisão do Copom beneficiou os setores mais ligados à economia doméstica e sensíveis a juros em detrimento aos setores mais globais e cíclicos.

Destaques

- GERDAU PN caiu 3,88 por cento, tendo no radar decisão dos Estados Unidos de suspender a aplicação de tarifas de importação de aço e alumínio para produtos do Brasil e outros países enquanto negociam isenção das sobretaxas. CSN ON e USIMINAS PNA subiram fortemente após o anúncio, mas fecharam em quedas de 2,03 e 1,16 por cento, contaminadas pelo viés negativo do mercado como um todo.

- BANCO DO BRASIL caiu 1,8 por cento, liderando as perdas dos bancos no Ibovespa, afetados pelo mau humor generalizado no exterior. ITAÚ UNIBANCO cedeu 0,32 por cento, SANTANDER UNIT caiu 0,29 por cento. BRADESCO PN foi exceção e subiu 0,61 por cento.

- BR MALLS e LOJAS AMERICANAS PN avançaram 4,35 e 3,67 por cento respectivamente, liderando os ganhos do Ibovespa, com empresas ligadas à economia doméstica em alta na bolsa nesta sessão após decisão do BC, com sinalização de novo corte em maio.

- PETROBRAS PN fechou em baixa de 1,5 por cento, na esteira das perdas do petróleo no exterior. No noticiário, o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, disse que as negociações para revisão do contrato da cessão onerosa avançaram e um acordo pode sair em até 40 dias, com a petroleira possivelmente recebendo algo. PETROBRAS ON caiu 0,55 por cento.

- VALE ON cedeu 1,34 por cento, também pesando no Ibovespa, afetada pelo tom negativo como um todo.

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