Na semana mais curta pelo feriado de Nossa Senhora Aparecida, o índice acumulou alta de 0,73 por cento.
Na máxima desta sessão, o Ibovespa chegou a subir 1,3 por cento, em meio à repercussão positiva de pesquisas que endossaram apostas de favoritismo de Bolsonaro na disputa, notadamente a do Datafolha, em ele aparece com 58 por cento dos votos válidos, contra 42 por cento de Fernando Haddad (PT).
A deterioração em Wall Street e alguma cautela diante do feriado no Brasil na sexta-feira, quando os mercados globais funcionam normalmente, porém, acabaram minando a tentativa de melhora local, após o Ibovespa recuar 2,8 por cento na véspera.
"Os últimos dias foram de forte oscilação tanto no mercado brasileiro como em Nova York. Dado o feriado no país amanhã e algum risco do noticiário político, o mercado acaba adotando um ritmo mais defensivo", afirmou o operador Alexandre Soares, da BGC Liquidez DTVM.
Profissionais da área de renda variável também citaram influência no pregão de operações relacionadas ao vencimento de opções sobre ações na segunda-feira na bolsa paulista, uma vez que papéis com relevante peso no Ibovespa figuram entre as séries mais líquidas do exercício.
Nos Estados Unidos, o índice acionário S&P 500 encerrou em baixa de 2,06 por cento, com investidores preocupados com o aumento dos juros e na expectativa de impacto negativo dos conflitos comerciais sobre os resultados corporativos, dando continuidade à forte correção negativa já registrada na véspera.
Destaques
- PETROBRAS PN fechou em queda de 2,92 por cento, conforme os preços do petróleo ampliaram a queda no exterior, em meio a forte aversão a risco nos mercados globais na parte da tarde. O Brent encerrou o pregão em queda de 3,41 por cento, 80,26 dólares o barril. Apesar da queda, as ações preferenciais da petroleira ainda acumulam alta de quase 20 por cento no mês.
- BANCO DO BRASIL recuou 0,4 por cento, ITAÚ UNIBANCO PN perdeu 1,19 por cento e BRADESCO PN recuou 0,59 por cento, contaminados pela piora generalizada no mercado. SANTANDER BRASIL UNIT também sentiu a piora do humor e cedeu 1,03 por cento.
- ELETROBRAS ON caiu 4,78 por cento e ELETROBRAS PNB recuou 2,28 por cento, em sessão volátil para os papéis. Na véspera, Bolsonaro reiterou em entrevista à TV Record ser contrário a privatizações no setor elétrico. No mês, os papéis ON e PNB da elétrica estatal acumulam respectivamente ganhos de 27,1 e 28,8 por cento.
- MAGAZINE LUIZA valorizou-se 4,91 por cento, com papéis do setor de varejo entre as maiores altas, após dados mais fortes do que o esperado nas vendas do varejo em agosto, que subiram 1,3 por cento frente a julho e 4,1 por cento em relação a agosto de 2017.
- VALE valorizou-se 1,06 por cento, ajudando a atenuar a pressão vendedora sobre o Ibovespa, uma vez que tem sido considerada um 'hedge' para o recente período de volatilidade política. O presidente-executivo da mineradora, Fabio Schvartsman, também afirmou ao jornal Financial Times que conseguiu reduzir a dívida e irá focar no aumento do retorno dos acionistas.
- RD caiu 5,98 por cento liderando as perdas do Ibovespa. A companhia realiza encontro com investidores nesta quinta-feira. Na véspera, estrategistas do UBS excluíram as ações da rede de varejo farmacêutico de seu portfólio para América Latina.