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Ibovespa recua, mas Petrobras renova máximas desde 2010 e atenua perda

O Ibovespa caiu 0,12 por cento, a 85.130 pontos. O volume financeiro do pregão somou 13,965 bilhões de reais

Ibovespa: operações também foram influencias pela repercussão de resultados corporativos, entre eles o da CSN e da JBS (Germano Lüders/Site Exame)

Ibovespa: operações também foram influencias pela repercussão de resultados corporativos, entre eles o da CSN e da JBS (Germano Lüders/Site Exame)

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Reuters

Publicado em 15 de maio de 2018 às 17h09.

Última atualização em 15 de maio de 2018 às 17h50.

São Paulo - O cenário externo desfavorável a ativos de risco pesou sobre a bolsa paulista nesta terça-feira, mas o avanço das ações da Petrobras atenuou a pressão sobre o principal índice da B3.

As operações também foram influencias pela repercussão de resultados corporativos, entre eles o da CSN e da JBS, na reta final da temporada de balanços no país.

O Ibovespa caiu 0,12 por cento, a 85.130 pontos. O volume financeiro do pregão somou 13,965 bilhões de reais.

No exterior, o dólar valorizou-se ante uma cesta de moedas e Wall Street fechou em queda, com dados sobre vendas no varejo indicando aceleração da inflação norte-americana e elevando o rendimento dos títulos do Tesouro dos Estados Unidos.

Para o gestor chefe da Garín Investimentos, Ivan Kraiser, o comportamento do Treasury de 10 anos somou-se ao resultado de pesquisa eleitoral na véspera, pressionando o mercado brasileiro como um todo.

Também no radar esteve a revisão semestral do índice de ações MSCI Brazil, que incluiu BR Distribuidora, o IRB Brasil e a Magazine Luiza, enquanto Qualicorp e Taesa foram excluídas.

As mudanças entram em vigor no fechamento do dia 31 de maio. (https://app2.msci.com/eqb/gimi/stdindex/MSCI_May18_STPublicList.pdf)

Destaques

- PETROBRAS PN subiu 2,1 por cento, a 26,79 reais, máxima de fechamento desde abril de 2010, superando a cotação da capitalização naquele ano, quando a precificou as novas ações preferenciais a 26,30 reais. PETROBRAS ON ganhou 2,52 por cento, a 30,91 reais, máxima desde maio de 2010. As ações ON já tinham superado a cotação da oferta na véspera, fechando a 30,15 reais, acima dos 29,65 reais da capitalização. A sessão não teve tendência clara do petróleo no exterior e marcada por notícias envolvendo a cessão onerosa.

- BANCO DO BRASIL caiu 2,72 por cento, entre as maiores pressões negativas do Ibovespa, com o setor de bancos no vermelho. BRADESCO PN e ITAÚ UNIBANCO PN recuaram 0,59 e 0,38 por cento, respectivamente, enquanto SANTANDER UNIT cedeu 1,29 por cento.

- QUALICORP caiu 6,08 por cento, tendo no radar a revisão do MSCI, conforme muitos fundos usam o índice como referência para suas carteiras. TAESA, também excluída do índice, recuou 3,55 por cento.

- BRMALLS subiu 4,08 por cento, em meio à repercussão do balanço no primeiro trimestre, quando a administradora de shopping centers teve lucro ajustado de 150,4 milhões de reais, alta de 36 por cento em relação ao mesmo período do ano passado.

- JBS fechou em alta de 1,88 por cento, após resultado no primeiro trimestre, com lucro líquido de 506,5 milhões de reais, e anúncio da companhia de alimentos de acordo de normalização de dívida com bancos.

- CSN encerrou em baixa de 1,26 por cento, em sessão volátil, após reportar lucro líquido de 1,486 bilhão de reais no primeiro trimestre, e aprovação pelo conselho da venda da participação na Companhia Siderúrgica Nacional LLC, nos EUA, para a Steel Dynamics.

- MARFRIG fechou com acréscimo de 0,89 por cento, após perdas registradas mais cedo, na esteira do balanço do primeiro trimestre com prejuízo líquido de 206 milhões de reais, ante resultado negativo de 233 milhões de reais no mesmo período de 2017.

- EMBRAER ON subiu 4,24 por cento, com ações de exportadoras e empresas com receita beneficiada pela valorização do dólar novamente na ponta positiva do índice, após a moeda chegar a 3,6943 reais na máxima da sessão. BRASKEM, WEG e KLABIN também subiram.

(Edição de Aluísio Alves)

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