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Ibovespa fecha acima de 96 mil pontos em nova máxima histórica

Na semana, a bolsa paulista contabilizou alta de 2,6%

Ibovespa: Bolsa bate novo recorde de fechamento (Germano Lüders/Exame)

Ibovespa: Bolsa bate novo recorde de fechamento (Germano Lüders/Exame)

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Reuters

Publicado em 18 de janeiro de 2019 às 18h19.

Última atualização em 18 de janeiro de 2019 às 18h53.

A bolsa paulista fechou com o Ibovespa em nova máxima histórica nesta sexta-feira, acima dos 96 mil pontos, refletindo apetite a risco no mercado global e expectativas favoráveis para uma proposta de reforma da Previdência no novo governo.

Índice de referência do mercado acionário local, o Ibovespa subiu 0,78 por cento, a 96.096,75 pontos, recorde de fechamento, conforme dados preliminares. No melhor momento, alcançou 96.395,98 pontos, máxima intradia. O giro financeiro da sessão somou 16,7 bilhões de reais.

Na semana, a quarta seguida no azul, o Ibovespa contabilizou alta de 2,6 por cento.

Dados da B3 sinalizam que os estrangeiros podem estar começando a voltar. O resultado acumulado em 2019 mostra as entradas de capital externo superando as saídas em 12,2 milhões de reais até 16 de janeiro, último dado disponível.

Esses investidores vinham adotando um posicionamento mais cauteloso após forte alta de ações brasileiras em 2018, preferindo aguardar sinalizações mais claras sobre os próximos passos do governo de Jair Bolsonaro para a economia.

Nesta semana, detalhes sobre o texto da reforma da Previdência ventilados pela imprensa sinalizando proposta mais rigorosa do que a do governo anterior reforçaram o otimismo.

Segundo profissionais da área de renda variável, há grande expectativa para o Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, em particular as falas de Bolsonaro e do ministro da Economia, Paulo Guedes, que podem sinalizar o que virá do lado fiscal.

O cenário externo chancelou o ânimo recente, com notícias benignas em relação às negociações comerciais entre Estados Unidos e China, além de promessas de Pequim de novos estímulos para a segunda maior economia do planeta, que vem desacelerando.

"Qualquer evidência de que os EUA e a China estejam próximos de um acordo comercial resultará em um movimento sustentado mais alto nos ativos de risco", afirmou o analista Jasper Lawler, chefe de pesquisa no London Capital Group.

Perto do fechamento do mercado brasileiro, o norte-americano S&P 500 subia mais de 1 por cento. O petróleo fechou em alta, assim como o minério de ferro na China.

Destaques

- VALE subiu 0,98 por cento, alinhada à alta dos preços do minério de ferro na China e de papéis de mineradoras na Europa, em meio a apostas de que Washington e Pequim estão se esforçando para chegar a um acordo comercial.

- ITAÚ UNIBANCO PN subiu 1,29 por cento, recuperando-se de fraqueza recente. BRADESCO PN subiu 1,02 por cento. BANCO DO BRASIL caiu 0,84 por cento.

- PETROBRAS PN subiu 0,95 por cento, acompanhando a alta do petróleo no exterior. Além disso, a reguladora ANP aprovou pagamento adicional empresa de 622,5 milhões de reais em subvenção ao diesel fóssil.

- ELETROBRAS PNB subiu 5,22 por cento, tendo no radar anúncio pela elétrica de controle estatal de nova rodada de seu plano de demissão, com objetivo gerar uma economia anual de 574 milhões de reais.

- EMBRAER caiu 3,03 por cento, ainda afetada pela frustração de agentes financeiros com previsões divulgadas pela fabricante de aviões nesta semana.

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