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Ibovespa fecha em leve queda com petróleo e cena política

Mesmo com a deflação em junho, investidores ainda preferem evitar grandes apostas diante das incertezas no quadro político

B3: "O mercado está sem uma tendência clara de alta ou de baixa", disse gerente (Facebook/B3/Reprodução)

B3: "O mercado está sem uma tendência clara de alta ou de baixa", disse gerente (Facebook/B3/Reprodução)

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Reuters

Publicado em 7 de julho de 2017 às 18h16.

Última atualização em 7 de julho de 2017 às 18h48.

São Paulo - O índice de referência da bolsa paulista fechou em leve baixa nesta sexta-feira, com pressão da queda nos preços do petróleo e da persistente cautela quanto ao quadro político, que ofuscaram a tentativa de recuperação após a queda de 1 por cento da véspera.

O Ibovespa fechou em queda de 0,24 por cento, a 62.322 pontos, acumulando perda de 0,92 por cento na semana. O volume financeiro somou 6,73 bilhões de reais.

A tentativa de recuperação vista principalmente no início do pregão, quando o Ibovespa chegou a subir 0,73 por cento, ganhou respaldo dos números mais fracos de inflação do país, reforçando a tendência de queda da taxa básica de juros, o que aumenta a atratividade da renda variável.

A inflação oficial desacelerou a 3% nos 12 meses encerrados em junho, no limite inferior da meta oficial de 4,5 por cento, com tolerância de 1,5 ponto percentual.

No entanto, investidores ainda preferem evitar grandes apostas diante das incertezas no quadro político, acentuadas com a denúncia por corrupção passiva contra o presidente Michel Temer, e seus impactos no andamento das reformas.

Na véspera, em mais um capítulo da crise, o presidente interino do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE), disse que o país está se aproximando da "ingovernabilidade" e que o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), reúne condições para trazer um mínimo de estabilidade até 2018.

"O mercado está sem uma tendência clara de alta ou de baixa. Investidores têm receio de aparecer alguma novidade e complicar mais o cenário. Por outro lado, o mercado também acredita que seja lá quem for que estiver no governo, a parte econômica será mantida", disse o gerente de renda variável da corretora H.Commcor Ari Santos.

Destaques

- PETROBRAS PN caiu 1,97 por cento e PETROBRAS ON teve baixa de 1,93 por cento, em linha com o movimento dos preços do petróleo no mercado internacional, que ofuscaram as notícias de planos de desinvestimento da empresa. Mais cedo, a petroleira informou que colocou à venda seus ativos no Paraguai.

- SUZANO PAPEL E CELULOSE PNA perdeu 3,12 por cento e FIBRIA ON teve queda de 2,81 por cento, em sessão de queda do dólar frente ao real.

- VALE PNA teve variação positiva de 0,07 por cento e VALE ON perdeu 0,1 por cento, revertendo as altas vistas no início do pregão, apesar da alta dos contratos futuros de minério de ferro na China, que subiram pela primeira vez em quatro dias.

- LOJAS AMERICANAS PN teve alta de 4,36 por cento, liderando os ganhos do Ibovespa, após o Credit Suisse retomar a cobertura do papel, com recomendação "outperform" e preço-alvo de 18 reais.

- SMILES avançou 2,9 por cento após a equipe do BTG Pactual afirmar que espera resultados sólidos para o segundo trimestre, com expectativa de crescimento de 14 por cento no lucro líquido na comparação anual, para 140 milhões de reais. O banco tem recomendação de "compra" para os papéis e preço-alvo de 73 reais.

- AZUL PN, que não faz parte do Ibovespa, subiu 3,56 por cento, após divulgar alta de 20,7 por cento no tráfego total de passageiros em junho ante igual mês de 2016.

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