Bovespa: o Ibovespa caiu 0,23 por cento, a 56.872 pontos (Paulo Fridman/Bloomberg News)
Da Redação
Publicado em 25 de julho de 2016 às 17h55.
São Paulo - O principal índice da Bovespa fechou em queda nesta segunda-feira, em sessão com intenso noticiário corporativo, com a ação da Lojas Renner entre as maiores quedas antes do balanço e após ter renovado máxima histórica na última sexta-feira.
O Ibovespa caiu 0,23 por cento, a 56.872 pontos. Na máxima, pela manhã, subiu a 57.205 pontos, renovando máxima intradia desde 18 de maio de 2015. O volume financeiro somou 5,66 bilhões de reais.
O Ibovespa vem de seis semanas seguidas de alta, maior sequência de valorização desde outubro de 2010, tendo acumulado no período elevação de mais de 15 por cento.
Na visão do gestor Marco Tulli Siqueira, da mesa de operações de Bovespa da Coinvalores, o recuo do Ibovespa reflete alguma realização de lucros, após ter subido rápido e em curto espaço de tempo com expectativas sobre a mudança do governo.
"Mas é uma realização pequena porque há investidores entrando que absorvem bem", disse o profissional, não descartando novos ajustes nos próximos dias. A queda das bolsas em Wall Street, pressionadas pelo declínio do petróleo, enquanto investidores aguardam o resultado da reunião de política monetária do Federal Reserve nesta semana, corroborou o ajuste negativo na bolsa brasileira.
DESTAQUES
- LOJAS RENNER caiu 3,52 por cento, antes do balanço do segundo trimestre previsto para após o encerramento do mercado. A corretora Brasil Plural afirmou em nota a clientes esperar resultados operacionais sólidos, mas parcialmente neutralizados pelo lento crescimento na divisão de produtos financeiros e pressão de despesas financeiras. As ações da varejista vêm renovando máximas históricas.
- PETROBRAS fechou com as preferenciais em alta de 0,75 por cento, enquanto as ordinárias encerraram com variação positiva de 0,07 por cento, apesar da queda do petróleo. O movimento teve como pano de fundo a repercussão positiva da mudança do modelo de busca por sócios na sua subsidiária de combustíveis BR Distribuidora, passando a aceitar ofertas pelo controle compartilhado.
- BANCO DO BRASIL subiu 3,35 por cento, ajudado por decisão de analistas do Deutsche Bank de elevar a recomendação para as ações do banco estatal de "manter" para "compra" e o preço preço-alvo de 21 para 26 reais. - HYPERMARCAS avançou 1,36 por cento, após resultado do segundo trimestre, com crescimento anual do Ebitda ajudado por recuo nas despesas com vendas em relação à receita líquida, assim como a queda dos gastos com marketing e despesas gerais e administrativas.
- CEMIG caiu 3,21 por cento, em sessão de modo geral negativa para papéis do setor elétrico, depois de informar que não considera no momento a possibilidade de sair do bloco de controle da elétrica LIGHT, que não está no Ibovespa e recuou 2,44 por cento na sessão.
- FIBRIA reverteu fraqueza da abertura e fechou em alta de 1,16 cento, apesar de balanço trimestral considerado de modo geral fraco por analistas. O BTG Pactual disse em relatório a clientes que o cenário de curto prazo para a companhia segue desafiador, mas que a maior parte do desempenho ruim ficou para trás. A ação acumula queda de cerca de 59 por cento em 2016.
- ELETROBRAS, que não está no Ibovespa, encerrou com as preferenciais em alta de 2,19 por cento e as ordinárias com ganho de 4,18 por cento. O governo federal deu aval à privatização de seis distribuidoras de energia do grupo que atendem Norte e Nordeste, que deverão ser vendidas até dezembro de 2017. EQUATORIAL, vista pela equipe do Bradesco BBI como uma das potenciais compradoras de alguma dessas distribuidoras, avançou 4,15 por cento.
Texto atualizado às 17h54