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Ibovespa fecha em baixa de 1,49%

No mercado de câmbio, o dólar comercial subiu 0,21% e fechou cotado a R$ 3,283 para compra e R$ 3,284 para venda

Bolsa: o movimento de cautela ganhou respaldo ainda da proximidade com o Carnaval (Paulo Whitaker/Reuters)

Bolsa: o movimento de cautela ganhou respaldo ainda da proximidade com o Carnaval (Paulo Whitaker/Reuters)

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Reuters

Publicado em 8 de fevereiro de 2018 às 18h59.

Última atualização em 8 de fevereiro de 2018 às 19h19.

São Paulo -  O principal índice da bolsa paulista fechou em queda nesta quinta-feira, revertendo os ganhos vistos pela manhã, contaminado pelas perdas no mercado acionário norte-americano.

O Ibovespa fechou em queda de 1,49 por cento, a 81.532 pontos. O giro financeiro era de 11,3 bilhões de reais.

Mais cedo, o índice ensaiou uma recuperação após a queda da véspera, chegando a subir 0,89 por cento na máxima do pregão, mas a piora em Wall Street disparou vendas no mercado local.

O movimento de cautela ganhou respaldo ainda da proximidade com o Carnaval, que vai manter a bolsa paulista fechada por mais dois dias no início da próxima semana, enquanto as praças globais operam normalmente.

"O mercado global volta a se preocupar com o mercado americano... E como a gente tem o carnaval se aproximando, os investidores já se colocam numa situação de defesa, de corrida para proteção", disse o sócio analista da Eleven Financial Raphael Figueredo.

Somado ao mau humor externo, o presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), reconheceu nesta quinta-feira a possibilidade de a votação da reforma da Previdência ficar para novembro, afirmando que um adiamento dessa votação não seria uma catástrofe.

Nos EUA, a queda nas bolsa acontece conforme investidores permanecem tensos após diversos dias de negociações marcadas por intensa volatilidade. O S&P 500 caiu 3,75 por cento.

Destaques

- PETROBRAS PN caiu 2,01 por cento e PETROBRAS ON teve perda de 3 por cento, em dia também negativo para os preços do petróleo no mercado internacional.

- VALE ON fechou em baixa de 0,29 por cento, cedendo ao mau humor do mercado após ter ensaiado uma alta mais cedo, em dia positivo para as cotações do minério de ferro na China.

- BRASKEM PNA caiu 4 por cento, entre as maiores quedas do Ibovespa. No radar estava a reportagem do jornal Valor Econômico afirmando que as controladoras Odebrecht e Petrobras trabalham para realizar uma oferta de ações da Braskem até junho, mas com receios de que dificuldades na definição em contratos de abastecimento de matéria-prima da petroquímica, pela Petrobras, possam prejudicar a operação.

- BRADESCO PN reverteu os ganhos vistos mais cedo e fechou em queda de 1,23 por cento, ajudando a pressionar o Ibovespa devido ao peso em sua composição. ITAÚ UNIBANCO PN , também de grande peso no índice, teve movimento mais contido e fechou em queda de 0,49 por cento.

- ELETROBBRAS ON subiu 2,75 por cento e ELETROBRAS PNB avançou 2,81 por cento, com investidores monitorando o andamento do processo para a privatização da empresa, no dia em que era realizada assembleia de acionistas da empresa para discutir o modelo de privatização de suas seis distribuidoras de energia que atuam no Norte e Nordeste.

- SUZANO PAPEL E CELULOSE ON caiu 4,88 por cento, liderando a ponta negativa doIbovespa, acelerando as perdas na reta final dos negócios. No radar estava o resultado da empresa referente ao quarto trimestre, além dos planos da empresa de investimento em uma nova fábrica. Nos três últimos meses do ano passado, a Suzano teve lucro líquido de 358 milhões de reais, revertendo o resultado negativo de 440 milhões um ano antes. A empresa estuda instalar nova fábrica de celulose na região central de São Paulo, com capacidade para 1,5 milhão de toneladas.

 

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