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Ibovespa fecha em baixa com bancos; cena política segue no radar

O principal índice de ações da B3 cedeu 0,73 por cento, a 77.996,12 pontos

Ibovespa: volume financeiro somou 7,028 bilhões de reais (Germano Lüders/Exame)

Ibovespa: volume financeiro somou 7,028 bilhões de reais (Germano Lüders/Exame)

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Reuters

Publicado em 23 de julho de 2018 às 17h08.

Última atualização em 23 de julho de 2018 às 17h43.

São Paulo - O Ibovespa fechou em leve queda nesta segunda-feira, pressionado pelas ações de bancos, em um pregão sem viés único nas praças acionárias globais, enquanto o noticiário político-eleitoral no Brasil divide o foco com a temporada de resultados de segundo trimestre.

O principal índice de ações da B3 cedeu 0,73 por cento, a 77.996,12 pontos. O volume financeiro somou 7,028 bilhões de reais.

Na última sexta-feira, o Ibovespa avançou 1,4 por cento, apoiado em expectativas otimistas sobre articulações para as eleições presidenciais de outubro, acumulando ganho de 2,6 por cento na semana passada e de quase 8 por cento no mês.

"O mercado operou próximo à estabilidade na maior parte do dia, diante de um ambiente interno ainda sem visibilidade no aspecto político, temporada de balanços sem brilho e perspectivas na economia em trajetória descendente", disse o analista Vitor Suzaki, da corretora Lerosa.

Do lado externo, ele acrescentou que seguem sob o foco as preocupações comerciais entre os Estados Unidos e as principais economias globais. Em Wall Street, o S&P 500 encerrou com acréscimo de 0,18 por cento, ajudado pelo setor financeiro.

Destaques

- ITAÚ UNIBANCO PN e BRADESCO PN caíram 1,92 e 1,14 por cento, respectivamente, enfraquecendo o Ibovespa dado o peso relevante que detêm no índice, após fortes ganhos no último pregão por expectativas relacionadas ao cenário eleitoral. Também no radar esteve sinalização do PT de que o programa de governo do partido prevê taxar mais os bancos que não diminuírem o spread bancário.

- CCR avançou 4,36 por cento, ainda reagindo ao anúncio de troca no comando da empresa de concessões de infraestrutura na sexta-feira, quando o papel encerrou em alta de 4,66 por cento.

- VIA VAREJO cedeu 1,15 por cento, revertendo ganhos vistos mais cedo, antes da divulgação de seu balanço do segundo trimestre, previsto para após o fechamento do mercado nesta segunda-feira. A equipe do BTG Pactual espera crescimento próximo de 7 por cento nas vendas mesmas lojas e expansão de 8 por cento no comércio eletrônico, enquanto prevê queda na margem bruta. No setor, B2W perdeu 3,51 por cento e MAGAZINE LUIZA caiu 0,88 por cento.

- SUZANO PAPEL E CELULOSE valorizou-se 3,27 por cento, encontrando suporte na leve alta do dólar ante o real, após quatro quedas seguidas, período em que as ações da companhia acumularam perda de 9,7 por cento.

-ULTRAPAR caiu 3,39 por cento, entre as maiores quedas do Ibovespa, tendo como pano de fundo relatório do Credit Suisse cortando a recomendação dos papéis para 'underperform'. COSAN, que teve recomendação reduzida para 'neutra', perdeu 3,77 por cento; e BR DISTRIBUIDORA, que não está no Ibovespa e também teve a classificação reduzida para 'neutra', reverteu a perda e subiu 1,61 por cento

- PETROBRAS PN caiu 0,16 por cento e PETROBRAS ON subiu 0,47 por cento, respectivamente, em sessão na qual os preços do petróleo fecharam em queda exterior.

- VALE avançou 1,81 por cento, favorecida pelo avanço do preço do minério de ferro à vista na China.

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