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Ibovespa fecha em alta de 1,4%, mas tem pior 1º semestre desde 2013

Índice encerrou em alta de 1,39 por cento, a 72.762 pontos, acumulando ganho de 3 por cento na semana. No mês, indicador teve baixa de 5,2 por cento

Ibovespa: giro financeiro deste pregão somou 10,1 bilhões de reais (Patricia Monteiro/Bloomberg)

Ibovespa: giro financeiro deste pregão somou 10,1 bilhões de reais (Patricia Monteiro/Bloomberg)

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Reuters

Publicado em 29 de junho de 2018 às 17h11.

Última atualização em 29 de junho de 2018 às 17h56.

São Paulo - O principal índice acionário da B3 fechou em alta nesta sexta-feira, aproveitando o movimento positivo no exterior para ganhar fôlego e voltar a operar acima dos 72 mil pontos, mas acumulou queda de 15 por cento no segundo trimestre e teve o pior primeiro semestre desde 2013.

O Ibovespa encerrou em alta de 1,39 por cento, a 72.762 pontos, acumulando ganho de 3 por cento na semana. No mês, contudo, o indicador teve baixa de 5,2 por cento, enquanto no trimestre a perda foi de 14,76 por cento e o primeiro semestre terminou com queda acumulada de 4,76 por cento. O giro financeiro deste pregão somou 10,1 bilhões de reais.

Nesta sessão, investidores aproveitaram o alívio nas preocupações em torno da guerra comercial entre Estados Unidos e China para recuperar parte das perdas recentes.

Segundo profissionais de renda variável, o movimento positivo desta sexta-feira foi influenciado ainda por compras de fim de semestre para melhorar o desempenho de carteiras.

No exterior, o índice de ações de países emergentes avançou mais de 2 por cento.

A greve dos caminhoneiros no fim do mês passado pesou sobre as expectativas e pressionou oIbovespa em maio e junho. O viés negativo no período refletiu ainda a diminuição nas expectativas em relação à expansão da economia brasileira, as incertezas em torno do cenário eleitoral do país e a cautela com exterior.

A volatilidade deve seguir ditando o tom das negociações nos próximos meses. Para o estrategista-chefe da empresa de análise Levante, Rafael Bevilacqua, os próximos gatilhos para o Ibovespa devem vir do lado político.

"Do lado econômico não se pode esperar nada bom", disse, referindo-se às estimativas mais contidas para recuperação da economia este ano. "Agora vamos esperar mais pesquisas e vamos ver o cenário quando a campanha começar na televisão."

Destaques

- JBS ON teve alta de 4,26 por cento, entre as maiores altas do índice, reagindo à notícia publicada mais cedo pelo site da revista Veja de que o fundo soberano do Catar estaria estudando comprar a fatia do BNDES na empresa brasileira de alimentos. Em comunicado, a JBS disse que "não tomou conhecimento sobre qualquer possível negociação envolvendo ações de sua emissão". Mais tarde, uma fonte disse à Reuters que a participação do BNDES na JBS entrou na carteira de venda do banco de fomento.

- B2W ON avançou 3,46 por cento após analistas do Morgan Stanley elevarem o preço-alvo da ação para 27 reais, ante 21 reais, com recomendação "equal weight".

- PETROBRAS PN subiu 3,55 por cento e PETROBRAS ON ganhou 2,7 por cento, em dia de ganhos para os preços do petróleo no mercado internacional.

- VALE ON subiu 1,06 por cento, em linha com o movimento dos contratos futuros do minério de ferro na China. Também no radar estava a informação de que a mineradora brasileira recebeu 690 milhões de dólares referentes a contratos de venda antecipada de cobalto, com entrega a partir de 1º de janeiro de 2021, que irão permitir destravar investimentos de 1,7 bilhão de dólares para a expansão da mina de Voisey’s Bay, no Canadá.

- ITAÚ UNIBANCO PN ganhou 1,74 por cento e BRADESCO PN teve alta de 1,86 por cento, corroborando o viés positivo do índice devido à relevante participação de ambos os papéis em sua composição. SANTANDER UNIT subiu 1,67 por cento e BANCO DO BRASIL ON avançou 1,78 por cento.

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