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Ibovespa fecha em alta com retorno de produção chinesa no radar

Volta aos trabalhos melhora percepção de investidores sobre os efeitos do coronavírus na economia

Bolsa: Ibovespa sobe 1,34% e fecha em 116.517,59 pontos (NurPhoto / Colaborador/Getty Images)

Bolsa: Ibovespa sobe 1,34% e fecha em 116.517,59 pontos (NurPhoto / Colaborador/Getty Images)

GG

Guilherme Guilherme

Publicado em 19 de fevereiro de 2020 às 18h34.

Última atualização em 19 de fevereiro de 2020 às 19h32.

A China ditou o ritmo dos mercados globais mais uma vez. De acordo com a mídia local, mais de 80% das estatais chinesas retomaram a produção, após a paralisação que se estendia desde janeiro em função do feriado de Ano Novo Lunar e do risco de contaminação por coronavírus.  A notícia foi suficiente para impulsionar as bolsas do mundo inteiro. Na B3, o Ibovespa subiu 1,34% e fechou em 116.517,59 pontos.

"O retorno das fábricas na China e a percepção de que os casos de coronavírus estão diminuindo contribuíram para a alta", disse Jason Vieira, economista-chefe da Infinity Asset.

A preocupação sobre a produção chinesa se intensificou no início desta semana, quando a Apple informou que não deverá conseguir cumprir suas metas do começo deste ano devido aos impactos do coronavírus.

Na Bolsa, as ações da Petrobras, com grande peso no Ibovespa, ajudaram a puxar a valorização do principal índice da B3. Na sessão, os papéis ordinários da petrolífera subiram 1,97% e os preferenciais, 2,69%. A alta, segundo Vieira, foi influenciada pelo preço do petróleo, que se apreciou mais de 2% tanto no mercado americano quanto no britânico.

Os grandes bancos, que representam cerca de 20% do Ibovespa, também ajudaram a sustentar o índice no terreno positivo. Na sessão, os papéis do Itaú, Bradesco, Banco do Brasil e Santander subiram 1,43%, 1,43%, 0,24% e 0,73%, respectivamente.

Mas o grande destaque do pregão ficou com as ações da WEG, que lideraram as altas do Ibovespa ao dispararem 9,22%, após a a divulgação do balanço do quarto trimestre de 2019. O resultado surpreendeu positivamente os investidores. No período, a companhia de motores elétricos teve lucro líquido de 500,5 milhões de reais enquanto o mercado estimava um lucro de quase 100 milhões de reais a menos.

"A WEG conseguiu superar as expectativas de mercado em todas as suas principais linhas. A empresa segue em linha com sua dinâmica de operação eficiente e de remuneração ao seu investidor”, escreveram em relatório analistas da Guide Investimentos.

A segunda maior apreciação do índice ficou com os papéis da Via Varejo, que subiram 6,21% em meio ao otimismo do mercado com a empresa. Entre os componentes do Ibovespa, os papéis da Via Varejo são os que mais subiram no ano, acumulando valorização de mais de 40%. Em seguida, estão as ações da WEG.

A resseguradora IRB Brasil também chegou a registrar forte valorização após divulgar que, no quarto trimestre de 2019, seu lucro líquido cresceu 69,8% na comparação anual. Na máxima, os papéis chegaram a subir mais 7%, mas caíram no período da tarde e fecharam em alta de 1,02%. 

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