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Ibovespa fecha em alta com melhora de percepção política

A Bovespa fechou com o seu principal índice em alta amparado na melhora da percepção de agentes financeiros sobre o cenário político doméstico


	BM&FBovespa: de acordo com dados preliminares, o Ibovespa subiu 0,65 por cento, a 48.409 pontos
 (REUTERS/Nacho Doce)

BM&FBovespa: de acordo com dados preliminares, o Ibovespa subiu 0,65 por cento, a 48.409 pontos (REUTERS/Nacho Doce)

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Da Redação

Publicado em 7 de abril de 2016 às 17h47.

São Paulo - A Bovespa fechou com o seu principal índice em alta nesta quinta-feira, com o cenário político novamente guiando o movimento das ações, embora a forte piora dos pregões em Wall Street tenha reduzido os ganhos locais na parte da tarde.

O Ibovespa subiu 0,87 por cento, a 48.513 pontos. Na máxima do dia, o índice de referência do mercado acionário brasileiro subiu 1,76 por cento.

O volume financeiro seguiu mais fraco, totalizando apenas 5,00 bilhões de reais.

O pregão doméstico tem oscilado conforme a percepção de agentes financeiros quanto ao desfecho do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff se altera, com ganho quando o noticiário pende para a troca do comando do país e com queda quando tal cenário parece mais difícil.

Nesta sessão, prevaleceu a repercussão de novo placar publicado pelo jornal O Estado de S.Paulo mostrando acréscimo no número de deputados a favor do impeachment, assim como notícias sobre delação premiada de executivos da empreiteira Andrade Gutierrez.

"A influência do cenário político tem prevalecido, para o bem ou para o mal", disse o gestor Eduardo Roche, da Canepa Asset Management.

Wall Street, contudo, acabou pesando na bolsa paulista conforme acelerou as perdas, em sessão marcada por preocupações de que as medidas de estímulo adotadas por bancos centrais podem não ser suficientes para animar a economia global.

O índice acionário norte-americano S&P 500 fechou em queda de 1,2 por cento.

DESTAQUES

- BB SEGURIDADE avançou 3,41 por cento, na esteira dos fortes ganhos do BANCO DO BRASIL, que subiu 3,08 por cento, em meio a expectativas relacionadas ao cenário político. A BB Seguridade reúne as participações do BB em seguros e previdência.

- ITAÚ UNIBANCO e BRADESCO subiram 1,08 e 0,85 por cento, recuperando-se de perdas na véspera e contribuindo com o avanço do Ibovespa dada a relevante fatia que ambos detêm na composição do índice.

- PETROBRAS fechou com as preferenciais em alta de 1,58 por cento, também reagindo a percepções sobre o cenário político, apesar da fraqueza dos preços do petróleo no mercado externo.

- BRASKEM avançou 6,16 por cento, em nova sessão de recuperação após fortes perdas em março. A petroquímica divulgou na véspera que a Braskem Idesa, joint venture com o grupo mexicano Idesa, produziu o primeiro lote de polietileno no México, e a expectativa é que duas outras unidades de polietileno comecem a operar ainda em abril.

- RAIA DROGASIL foi outro destaque de alta, com ganho de 5,32 por cento. O Credit Suisse disse na véspera que não espera boas notícias da safra de balanços de varejo do primeiro trimestre, mas que a rede de drogarias pode ser uma exceção. A corretora Brasil Plural, por sua vez, manteve classificação "equal weight" para a ação, enquanto reduziu a recomendação de várias outras empresas de varejo.

- VALE encerrou com as preferenciais em baixa de 1,32 por cento, tendo no radar notícia de que a Samarco, controlada pela mineradora e pela BHP Billiton, só poderá retomar as operações após conter totalmente o vazamento da lama residual das barragens do complexo de Germano, em Mariana.

- RUMO LOGÍSTICA desabou 16,92 por cento, na ponta negativa do Ibovespa, reagindo ao risco de a empresa de logística ferroviária precisar desembolsar mais do que provisionou para uma disputa sobre transporte de contratos de açúcar. Investidores também adotaram cautela ao resultado da oferta de ações da empresa, que teria o processo de "bookbuilding" encerrado nesta quinta-feira.

Texto atualizado às 17h47

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