Ibovespa: volume financeiro do pregão somou 8,693 bilhões de reais (BM&FBovespa/Divulgação)
Reuters
Publicado em 12 de março de 2018 às 17h13.
Última atualização em 12 de março de 2018 às 18h04.
São Paulo - O principal índice de ações da B3 fechou em alta nesta segunda-feira, apesar da queda de ações ligadas a commodities, em meio ao ambiente ainda favorável a ativos de mercados emergentes e com as ações da fabricante de celulose Fibria entre as maiores altas diante de expectativas ligadas a ofertas de fusão e aquisição.
O Ibovespa subiu 0,61 por cento, a 86.900 pontos. O volume financeiro do pregão somou 8,693 bilhões de reais.
De acordo com o analista Lucas Marins, da Ativa Investimentos, o pregão local refletiu um exterior mais tranquilo, após dados da economia norte-americana aliviarem temores de inflação e sinalização de que o governo de Donald Trump estaria mais aberto a negociações na questão das tarifas.
"O mercado deu uma acalmada", disse Marins, acrescentando que, na cena local, a perspectiva de juros baixos também ajuda a bolsa.
Nesta segunda-feira, pesquisa Focus do Banco Central mostrou que economistas de instituições financeiras passaram a ver novo corte de 0,25 ponto percentual na taxa básica de juros na reunião da autoridade monetária na próxima semana, diante da persistente fraqueza da inflação.
No exterior, o índice de ações MSCI para mercados emergentes subiu mais de 1 por cento. Em Wall Street, o índice Dow Jones fechou em baixa de 0,62 por cento, com papéis do setor industrial pesando em razão de preocupações quanto aos potenciais efeitos das tarifas em aço e alumínio no custo das empresas.
- FIBRIA avançou 2,95 por cento, tendo renovado máxima histórica intradia no melhor momento, após notícias de que a holandesa Paper Excellence apresentou proposta pela companhia. De acordo com as fontes ouvidas pela Reuters, a oferta avalia a Fibria em 40 bilhões de reais, um prêmio acima de 10 por cento em relação ao preço de fechamento da ação de sexta-feira. SUZANO PAPEL E CELULOSE, que está em tratativas com a Fibria para a união das operações, caiu 4,45 por cento.
- JBS ON subiu 4,2 por cento, engatando nova sessão de recuperação. No fim de semana, o colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo, publicou que o BNDES está negociando a venda de sua participação na JBS e que fundos soberanos são os potenciais compradores. Em dezembro, a Reuters noticiou, citando o presidente do BNDES, Paulo Rabello de Castro, que o banco poderia vender ao menos 10 por cento da carteira do braço de participações BNDESpar, incluindo parte do que detém na empresa de proteína animal.
- ELETROBRAS PNB avançou 4,49 por cento e ELETROBRAS ON subiu 4,20 por cento, em sessão com notícias favoráveis à companhia, como anúncio do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), de que remarcou a instalação da comissão especial responsável pela análise da chamada desestatização da companhia para a terça-feira. Também a Aneel revisou fiscalização e viu crédito de 163 milhões de reais para Eletrobras no Acre e, na sexta-feira, o conselho de administração da estatal aprovou acordo de dívida com a Eletropaulo.
- SMILES ON ganhou 3,24 por cento, após seis pregões em queda, em que perdeu quase 19 por cento, tendo como principal peso negativo anúncio de corte de dividendos na semana passada. Em relatório, analistas do Morgan Stanley reiteraram classificação 'outperform' para a companhia, avaliando que a empresa tem histórico favorável e que o anúncio sobre dividendos deve ser único.
- ITAÚ UNIBANCO PN avançou 1,13 por cento, ajudando na alta do Ibovespa, tendo no radar que o banco voltou ao mercado na segunda-feira com um título perpétuo, não resgatável antes de cinco anos.
- PETROBRAS PN e PETROBRAS ON cederam 0,27 e 0,42 por cento, respectivamente, em meio à queda mais acentuada nos preços do petróleo no exterior. Em relatório, o Credit Suisse estimou que a companhia pode surpreender positivamente os investidores na divulgação do resultado do quarto trimestre e de 2017 previsto para esta semana.
- TELEFÔNICA BRASIL caiu 1,25 por cento, entre as maiores quedas do Ibovespa, após a empresa, que opera sob a marca Vivo, anunciar que fará investimento estimado de 24 bilhões de reais no triênio 2018-2020.