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Ibovespa fecha em alta, após cair 4% na mínima intradiária

Mercados estão se ajustando à perspectiva de que a redução dos estímulos monetários nos Estados Unidos tenha início ainda neste ano


	A principal contribuição positiva para o índice foi a petrolífera OGX, do grupo EBX, do empresário Eike Batista. O papel acentuou os ganhos e fechou em alta de 8,97 %, a 0,85 real
 (Wikimedia Commons)

A principal contribuição positiva para o índice foi a petrolífera OGX, do grupo EBX, do empresário Eike Batista. O papel acentuou os ganhos e fechou em alta de 8,97 %, a 0,85 real (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 20 de junho de 2013 às 18h28.

São Paulo - A Bovespa teve um dia de nervosismo e intensa volatilidade nesta quinta-feira, com os mercados se ajustando à perspectiva de que a redução dos estímulos monetários nos Estados Unidos tenha início ainda neste ano.

O principal índice brasileiro de ações inverteu o sinal na etapa final do pregão e fechou em alta de 0,67 %, a 48.214 pontos, após ter operado praticamente todo o dia no vermelho e afundado 4,1 % na mínima intradiária.

Segundo o estrategista Luis Gustavo Pereira, da Futura Corretora, a forte queda verificada mais cedo ajudou a trazer de volta ao mercado investidores em busca de barganhas, lembrando ainda que o Ibovespa acumula queda de mais de 20 % no ano.

O volume financeiro negociado na Bovespa foi de 12,19 bilhões de reais, bem acima da média diária de 7,9 bilhões de reais em 2013.

"O mercado agora é de curto prazo, oportunista e sem grandes expectativas", disse o gestor Frederico Mesnik, sócio fundador da Humaitá Investimentos em São Paulo.

A principal contribuição positiva para o índice foi a petrolífera OGX, do grupo EBX, do empresário Eike Batista. O papel acentuou os ganhos e fechou em alta de 8,97 %, a 0,85 real, após marcar nova mínima intradia histórica, a 0,75 real.

Já a companhia de carvão CCX, também do grupo de Eike e cuja ação não faz parte do Ibovespa, afundou 37,5 %, após o empresário ter desistido de oferta pública de recompra de ações (OPA).

A recuperação técnica da Bovespa destoou do comportamento dos principais mercados globais --os principais índices de Wall Street fecharam em baixa de mais de 2 %, enquanto as ações europeias tiveram sua pior queda diária em 19 meses.

Comentários feitos na quarta-feira pelo chairman do Fed, Ben Bernanke, continuavam a repercutir com força nos mercados, diante da indicação de que o BC norte-americano poderá começar a reduzir seu programa de compra mensal de 85 bilhões de dólares em títulos ainda neste ano.

"O mundo inteiro está desequilibrado", disse Álvaro Bandeira, sócio da Órama Investimentos no Rio de Janeiro. "Os investidores ainda estão se adaptando, ajustando os fluxos a esse novo cenário e é natural vermos volatilidade."

Além das preocupações com a retirada dos estímulos pelo Fed, os negócios desta quinta-feira também eram pressionados por dados negativos da indústria da China, principal parceiro comercial do Brasil.

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