Mercados

Ibovespa fecha em alta, amparado em ganhos da Petrobras

O Ibovespa fechou em alta de 0,44 por cento, a 70.952 pontos. O giro financeiro somou 8,48 bilhões de reais

Ibovespa: índice trocou de sinal algumas vezes ao longo dia, indo de alta de quase 1 por cento na máxima a queda de 1,22 por cento na mínima (Germano Luders/Reuters)

Ibovespa: índice trocou de sinal algumas vezes ao longo dia, indo de alta de quase 1 por cento na máxima a queda de 1,22 por cento na mínima (Germano Luders/Reuters)

R

Reuters

Publicado em 25 de junho de 2018 às 17h07.

Última atualização em 25 de junho de 2018 às 17h44.

São Paulo - O principal índice acionário da B3 fechou em alta nesta segunda-feira, amparado principalmente no ganho das ações da Petrobras, o que limitou o impacto da aversão a risco no exterior.

O Ibovespa fechou em alta de 0,44 por cento, a 70.952 pontos. O giro financeiro somou 8,48 bilhões de reais.

O índice trocou de sinal algumas vezes ao longo dia, indo de alta de quase 1 por cento na máxima a queda de 1,22 por cento na mínima da sessão.

No exterior, receios com o aumento das tensões comerciais entre Estados Unidos e China voltaram a tirar força dos mercados, desta vez após a informação de que os EUA planejam limitar investimento chinês em empresas de tecnologia norte-americanas.

Em Wall Street, o S&P 500 caiu quase 1,4 por cento, enquanto o índice de ações emergentes teve queda de quase 1,6 por cento.

Localmente, o viés foi mais positivo em relação à cena político eleitoral diante do arquivamento do pedido de liberdade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, após o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidir retirar de pauta o julgamento de um pedido de liberdade de Lula que estava previsto para ocorrer na terça-feira pela 2ª Turma da corte.

Segundo profissionais de renda variável ouvidos pela Reuters, com a permanência de Lula na prisão diminuem as chances de transferência de votos.

Para as próximas semanas, o analista-chefe da Spinelli Corretora, Glauco Legat, acredita que a correlação com o cenário externo tende a diminuir, conforme o noticiário em torno das eleições ganha mais relevância.

"Os eventos internos devem ganhar mais destaque, como as próximas pesquisas eleitorais, a formação de alianças, o que os candidatos estão falando. Esse vai ser nosso maior destaque como um todo", disse Legat.

Destaques

- PETROBRAS PN e PETROBRAS ON subiram 3,9 por cento e 1,86 por cento, respectivamente, após o acordo para encerrar a ação coletiva (class action) nos Estados Unidos, que foi aprovado na sexta-feira "de forma definitiva" pela Corte Federal de primeira instância em Nova York.

- WEG ON teve alta de 2,46 por cento, depois que a equipe do JPMorgan retomou a cobertura da ação, com recomendação neutra e preço-alvo de 18 reais para dezembro de 2019.

- ITAÚ UNIBANCO PN subiu 0,2 por cento, após trocar de sinal algumas vezes ao longo do dia, enquanto BANCO DO BRASIL ON teve o melhor desempenho do setor no índice e subiu 2,91 por cento. Já BRADESCO PN recuou 0,15 por cento, ajudando a tirar força do Ibovespa devido ao peso em sua composição, e SANTANDER UNIT foi o destaque negativo, com queda de 3,45 por cento. No radar estava o corte no preço-alvo dos papéis dessas instituições por analistas do UBS. A recomendação do banco suíço é neutra para Bradesco, compra para Itaú Unibanco e Banco do Brasil e venda para Santander.

- VALE ON caiu 1,77 por cento, na contramão dos contratos futuros do minério de ferro na China, que subiram, diante da cautela com o recrudescimento das tensões comerciais.

Acompanhe tudo sobre:B3IbovespaPetrobras

Mais de Mercados

Ibovespa sobe puxado por Petrobras após anúncio de dividendos

Escândalo de suborno nos EUA custa R$ 116 bilhões ao conglomerado Adani

Dividendos bilionários da Petrobras, pacote fiscal e cenário externo: assuntos que movem o mercado

Ação da Netflix tem potencial de subir até 13% com eventos ao vivo, diz BofA