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Ibovespa fecha em alta de 1,09% com dados do exterior

São Paulo - Os indicadores industriais divulgados ao redor do mundo deram razões para a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) não só se sustentar acima dos 70 mil pontos recém-conquistados ontem como galgar mais um nível, de 71 mil pontos, situando-se no melhor patamar em quase dois anos. Logo após a abertura, a […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h45.

São Paulo - Os indicadores industriais divulgados ao redor do mundo deram razões para a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) não só se sustentar acima dos 70 mil pontos recém-conquistados ontem como galgar mais um nível, de 71 mil pontos, situando-se no melhor patamar em quase dois anos. Logo após a abertura, a Bolsa doméstica já atingiu esse novo degrau e assim trabalhou o restante da sessão. Com ganho de 1,09%, o Ibovespa terminou hoje nos 71.136,34 pontos, maior nível desde 5 de junho de 2008 (71.209,12 pontos). Na semana, subiu 3,57%. No ano até hoje, acumula alta de 3,72%. Hoje, o índice registrou 70.373 pontos na mínima (estável) e 71.401 pontos na máxima (+1,46%). O giro financeiro totalizou R$ 6,003 bilhões. Os dados são preliminares.

Hoje saiu uma profusão de dados bons sobre a indústria em todos os continentes, começando pela Ásia, passando pela Europa, EUA e também Brasil. Na China, a atividade manufatureira avançou pelo 13º mês consecutivo em março, ao subir para 55,1. No Reino Unido, atividade do setor de manufatura registrou em março seu maior nível em mais de 15 anos, impulsionado pelas exportações, ao bater em 57,2. O ISM industrial norte-americano também não fez feio: subiu de 56,5 em fevereiro para 59,6 em março, ante previsão de 57 dos economistas. Foi o maior nível desde julho de 2004.

As Bolsas, assim reagiram à altura e subiram, ajudadas ainda por outros indicadores favoráveis, com destaque para o número de pedidos de auxílio-desemprego. Este indicador trouxe um certo alívio aos investidores, depois que os números de ontem da ADP jogaram um balde de água fria às boas expectativas para o payroll que será divulgado amanhã. O número de trabalhadores norte-americanos que entraram pela primeira vez com pedido de auxílio-desemprego caiu 6 mil, para 439 mil, ante expectativa de queda de 2 mil pedidos. O Dow Jones terminou o dia em alta de 0,65%, aos 10.927,07 pontos, o S&P subiu 0,74%, aos 1.178,10 pontos, e o Nasdaq ganhou 0,19%, aos 2.402,58 pontos.

O bom humor externo fez com que o apetite a risco crescesse e, com ele, o dólar recuasse e os preços das commodities subissem. Assim, os metais e o petróleo fecharam em alta no exterior, influenciando boa parte dos papéis na Bovespa. Na Nymex, o contrato do petróleo para maio avançou 1,33%, para US$ 84,87 o barril. Aqui, Petrobras ON terminou em +1,13% e PN, em +1,02%.

Vale também acompanhou os metais e subiu, 1,01% na ON e 0,81% na PNA. Hoje, a mineradora divulgou fato relevante confirmando que fechou acordo para mudar as condições para o reajuste do minério de ferro, baseado em referências de mercado com mudanças automáticas de preços em bases trimestrais. A companhia não informou, contudo, o porcentual de reajuste nos contratos nem forneceu detalhes sobre como os ajustes trimestrais no preço do minério serão feitos. Segundo a empresa, os acordos realizados, definitivos ou provisórios, compreendem 97% da base de clientes de minério de ferro da empresa em todo o mundo, o que corresponde a 90% dos volumes contratuais.

Gerdau PN subiu 3,53%, Metalúrgica Gerdau PN, 1,70%, Usiminas PNA, 3,25%, CSN ON, 2,75%. O setor de construção também foi destaque de elevação, depois de ter sido penalizado pela divulgação do PAC 2 na segunda-feira. Rossi Residencial ON subiu 4,68%, na maior alta do dia, PDG Realty ON avançou 4,32%, na terceira colocação, e Cyrela ON, 3,61%, na quinta.

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