Mercados

Ibovespa estende queda na semana em dia ruim para os mercados

TIM e Light são alguns dos poucos papéis que mostram fôlego no último pregão da semana

Ibovespa registra baixa de 2,5% no desempenho semanal (Germano Lüders/EXAME)

Ibovespa registra baixa de 2,5% no desempenho semanal (Germano Lüders/EXAME)

DR

Da Redação

Publicado em 8 de julho de 2011 às 12h48.

São Paulo – O último pregão da semana reserva uma performance negativa ao Ibovespa. O principal índice da bolsa caia 1,1%, aos 61.474 pontos. O clima é predominantemente ruim nos mercado globais. 

Nos EUA foram criadas apenas 18 mil vagas de emprego no país em junho, abaixo da abertura de postos de trabalho verificada em maio (25 mil, conforme dado revisado) e bem pior que a previsão de criação de 108 mil empregos no mês passado. Além disso, a taxa de desemprego no país subiu para 9,2% em junho, contrariando a previsão de estabilidade em 9,1%.

Os números desanimaram os investidores em Wall Street, que vinham mostrando confiança ao longo da semana em dados mais fortes sobre o emprego nos Estados Unidos. Na Europa, a possibilidade de que o ministro das Finanças da Itália, Giulio Tremonti, renuncie ao cargo após ter criticado o primeiro-ministro, Silvio Berlusconi, renovam os temores quanto aos riscos de contágio na periferia europeia. A tensão também se dá pela divulgação dos resultados dos testes de estresses nos bancos europeus, que saem na próxima sexta-feira.

Por aqui, a agenda desta semana revela que a deflação no Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S) perdeu força no início de julho. O indicador mostrou recuo de 0,11% até a quadrissemana encerrada em 7 de julho, segundo dados divulgados hoje pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

O JPMorgan prevê que as ações brasileiras se recuperem com a inflação e os juros atingindo seus pontos máximos neste trimestre. O banco americano está “especialmente” otimista com os bancos, como o Itaú Unibanco Holding SA e o Banco Bradesco SA, e com construtoras, como a PDG Realty SA Empreendimentos & Participações e a MRV Engenharia & Participações SA, segundo relatório escrito pela analista Emy Shayo Cherman e enviado hoje por e-mail para clientes.

/libc/player/liquid3.swf

TIM

As ações preferenciais da TIM (TCSL4) ganham destaque neste pregão, com a máxima dos papéis chegando a 2%, vendidos a 7,63 reais. Em 2011, a alta dos ativos já chega a 41,5%.

Os investidores repercutem de maneira positiva a notícia de que a TIM fechou acordo para comprar a empresa de telecomunicações da AES no Brasil, Atimus, por cerca de 700 milhões de euros (1 bilhão de dólares).
A Atimus tem operações em 21 cidades dos Estados de São Paulo e Rio de Janeiro, oferecendo serviços de Internet e banda larga por meio de uma rede de fibra óptica de 5,5 mil quilômetros com capacidade de 0,6 terabyte.

A expectativa é que o negócio seja concluído no quarto trimestre e gere economias de 1 bilhão de reais ao longo de três anos.Antes de ser adquirida, a Atimus tinha um plano de investimento de 400 milhões de reais até 2015.

A TIM continuará procurando ativos para outras aquisições no Brasil, disse Luca Luciani, presidente da empresa, a jornalistas hoje em São Paulo. Luciani disse que ativos de infraesturura interessam à Tim. As informações são da Bloomberg.

Light

Também dentre os destaques positivos desta sessão, as ações ordinárias da Light (LIGT3) mostram fôlego, com valorização máxima de 2%, cotadas a 28,96 reais.

A Cemig anunciou que sua coligada Parati Participações comprou fundo detentor de 13,03% do capital total da Light por 515,94 milhões de reais. A Parati comprou da norte-americana Enlighted Partners Venture Capital 100 por cento das participações da Luce, que possui 75% do fundo de investimento Luce Brasil. O fundo controla indiretamente 26.576.149 ações ordinárias da empresa fluminense de energia.


 

Acompanhe tudo sobre:Ações

Mais de Mercados

Resultado do 3º tri não anima e ações da WEG (WEGE3) lideram baixas

Klabin arranja sócio para terras excedentes e levanta R$ 1,8 bi

Após falas de Haddad, dólar reduz alta, juros futuros caem e bolsa sobe

Lucro da WEG cresce 20% no 3º tri, impulsionado por expansão internacional e energia sustentável