Ibovespa estende as perdas na semana, que chegam a 1,4% (Luciana Cavalcanti/Você S.A.)
Da Redação
Publicado em 26 de julho de 2011 às 12h18.
São Paulo – Dando continuidade ao movimento negativo de ontem, o Ibovespa estende as perdas na semana, que chegam a 1,4%. Nesta terça-feira (26), o principal índice da bolsa brasileira caía 0,9%, aos 59.408 pontos, na mínima do dia.
O dólar despencava a 1,53 real nesta sessão, caindo pela sexta sessão consecutiva e renovando a mínima em 12 anos, conforme o mercado testava a disposição do governo em tomar medidas cambiais. Às 10h29, a cotação caía 0,63%, a 1,5345 real na venda. Na mínima do dia, a divisa atingiu 1,5284 dólar, em queda de 1,02%. Trata-se do menor patamar desde 19 de janeiro de 1999, quando o dólar cedeu a 1,5200 real na mínima.
A inflação na construção civil perdeu força em julho. O Índice Nacional de Custo da Construção - Mercado (INCC-M), que mede a evolução de preços no setor, subiu 0,59% este mês, taxa mais fraca do que a apurada em junho, quando avançou 1,43%. Até julho, o INCC-M acumula altas de 6,15% no ano e de 7,78% em 12 meses. O índice representa 10% do Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M).
O calendário econômico tende a perder relevância diante da proximidade do prazo final para que o Congresso dos EUA e o governo do presidente Barack Obama cheguem a um acordo sobre as finanças públicas. Ontem à noite, Obama fez um pronunciamento em rede nacional de TV para convocar a população a pressionar os congressistas por uma solução equilibrada, livre do "jogo perigoso" orquestrado pela oposição.
Petrobras
Mesmo que de maneira modesta, as ações da Petrobras continuam a oferecer ganhos ao acionista nesta semana. Hoje, as ações preferenciais da estatal chegaram a atingir a máxima de 1,7%, vendidas a 23,92 reais. Na semana, a alta dos papéis se aproxima de 3%.
A estatal teve a recomendação de suas ações elevada de “neutra” para “compra” depois que a empresa divulgou um plano de investimento menor do que o esperado e após a forte queda dos papéis, segundo relatório de hoje assinado por Lilyanna Yang, analista do UBS. As informações são da Bloomberg.
Brasil Foods
Com valorização de 25% nos últimos 12 meses, as ações ordinárias da Brasil Foods operam em leve queda neste pregão. A desvalorização chegava a 0,5% na mínima do dia, com papéis negociados a 29,35 reais.
Desde que o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou com inúmeras restrições a fusão entre Perdigão e Sadia, a Brasil Foods (BRF), companhia que agrega as duas marcas, tem estudado maneiras de cumprir o Termo de Compromisso de Desempenho (TCD).
Para dar continuidade ao acordo, a companhia anunciou que colocará à venda as unidades industriais de São Gonçalo dos Campos (BA), Bom Retiro do Sul (RS), Lages (SC), Salto Veloso (SC); Duque de Caxias (RJ), Santa Cruz do Sul (RS), Três Passos (RS) e Brasília (DF), todas serão vendidas integralmente. Já os parques fabris de Carambeí (PR) e Várzea Grande (MT) e Valinhos (SP) terão parte de seus ativos negociados.
Itaú
O Itaú Unibanco teve sua recomendação rebaixada de desempenho acimada da média de mercado para neutra pelo Credit Suisse, que disse que os resultados do segundo trimestre podem “desapontar”.
Os resultados do banco devem apresentar “margens fracas e altas provisões, que podem desencadear revisões para baixo dos lucros”, escreveu Marcelo Telles, analista do Credit Suisse, em relatório a clientes hoje.
As ações preferenciais do banco chegavam desvalorizar 2,3%, ao preço de 31,40 reais. Em 2011, a queda destes ativos chega a 19,5%.
Pão de Açúcar
Os investidores também repercutem neste terça-feira os números divulgados pelo Grupo Pão de Açúcar. A companhia apurou lucro líquido de 91 milhões de reais entre abril e junho, comparado ao ganho de 55,5 milhões de reais no mesmo período do ano passado.
A média das estimativas de quatro analistas obtidas pela Reuters projetava lucro líquido de 108 milhões de reais para a maior varejista do país no período. As ações preferenciais registravam perdas de 0,6%, cotadas a 65,90 reais.