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Ibovespa dispara mais de 3% com eleições e China

Pesquisa Sensus mostrou o candidato de oposição Aécio Neves (PSDB) liderando com ampla vantagem o segundo turno da corrida presidencial


	Operadores na Bovespa: às 11h20, o Ibovespa subia 3,7 por cento, a 57.356 pontos
 (Germano Lüders/EXAME.com)

Operadores na Bovespa: às 11h20, o Ibovespa subia 3,7 por cento, a 57.356 pontos (Germano Lüders/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 13 de outubro de 2014 às 11h48.

São Paulo - A Bovespa exibia fortes ganhos nesta segunda-feira, em meio à repercussão de pesquisa Sensus mostrando o candidato de oposição Aécio Neves (PSDB) liderando com ampla vantagem o segundo turno da corrida presidencial, e do anúncio de apoio de Marina Silva e da família de Eduardo Campos ao tucano.

O noticiário da China reforçava o tom positivo, com números acima do esperado sobre exportações e importações e alta nos preços do minério de ferro.

O mercado local é influenciado ainda pelos vencimentos dos contratos de opções sobre o Ibovespa e do índice futuro, que acontecem na quarta-feira.

Às 11h20, o Ibovespa subia 3,7 por cento, a 57.356 pontos. O volume financeiro somava 2,2 bilhões de reais.

No sábado, pesquisa Sensus mostrou Aécio com 52,4 por cento das intenções de voto, enquanto a candidata Dilma Rousseff, que tenta a reeleição pelo PT, obteve 36,7 por cento. Brancos, nulos e indecisos somam 11 por cento na pesquisa, que tem margem de erro de 2,2 pontos percentuais.

Também no fim de semana, a terceira colocada no primeiro turno Marina Silva (PSB), e Renata Campos, viúva de Eduardo Campos, candidato à Presidência pelo PSB morto em acidente aéreo em agosto, declararam apoio ao tucano.

"São notícias muito boas para a campanha do Aécio", disse o gestor Joaquim Kokudai, da Effectus Investimentos, que não descarta uma reação ainda mais forte na bolsa caso pesquisas como Ibope e Datafolha confirmem a tendência de avanço de mostrada na Sensus.

Operadores e analistas têm manifestado insatisfação com as diretrizes econômicas do atual governo. Perspectivas de alternância em Brasília têm servido como argumento para compras na bolsa nos últimos meses e vice-versa.

As ações de empresas ligadas à dinâmica eleitoral reagiam, com Petrobras disparando quase 8 por cento e Banco do Brasil

O analista Marco Aurélio Barbosa, da CM Capital Markets, lembra que a semana tem pesquisas Vox Populi, Ibope e Datafolha, que somadas com o debate entre os dois presidenciáveis na terça-feira na TV vão canalizar as atenções do mercado.

"Os levantamentos devem capturar a combinação dos apoios recebidos por Aécio, na esteira das denúncias de corrupção na Petrobras e seus 'estragos' políticos. Vamos observar a magnitude desses eventos sobre os levantamentos para concluirmos algum favoritismo a um dos candidatos", disse em nota a clientes.

Na semana passada, o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa afirmou que grandes empresas fecharam contratos com a estatal por anos com sobrepreço médio de 3 por cento, e que a maior parte do dinheiro foi repassada para PT, PP e PMDB.

China

Os papéis da Vale também tinham ganhos expressivos após as importações chinesas avançarem, em valor, 7 por cento no mês passado, contra estimativa de queda de 2,7 por cento, com as compras de minério de ferro alcançando o segundo maior nível do ano.

A alta de 4 por cento nos preços futuros do minério de ferro na China nesta sessão era outro componente favorável para as ações da mineradora brasileira. O contrato do minério à vista também registrou avanço nesta segunda-feira.

Do noticiário corporativo, a Oi e a Telemar Participações disseram que estão integralmente mantidos os compromissos de promover a listagem da CorpCo, empresa resultante da fusão da Oi com a Portugal Telecom, no Novo Mercado da BM&FBovespa.

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