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Ibovespa descola de NY, sobe pelo 4º pregão e se aproxima de máxima histórica

Índice avança em meio a pacote de estímulos nos EUA e acordo pós-Brexit; dólar cai 1%, para 5,18 reais

Painel de cotações da B3 | Foto: Germano Lüders/Exame (Germano Lüders/Exame)

Painel de cotações da B3 | Foto: Germano Lüders/Exame (Germano Lüders/Exame)

BQ

Beatriz Quesada

Publicado em 29 de dezembro de 2020 às 09h18.

Última atualização em 29 de dezembro de 2020 às 18h37.

Depois de oscilar entre ganhos e perdas, o Ibovespa conseguiu fechar em terreno positivo, com alta de 0,24%, em 119.409 pontos, na sua quarta sessão seguida no positivo e muito perto de superar sua máxima nominal histórica de fechamento em 119.527,63 pontos registrado em 23 de janeiro de 2020. Durante esta manhã, o índice renovou sua máxima histórica intradiária, quando atingiu os 119.860 pontos. A alta da bolsa brasileira contrapôs o dia negativo dos principais índices acionários americanas, que tiveram sessão de ajuste após baterem recordes na abertura. Os índices Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq registraram baixa de 0,22%, 0,22% e 0,38%, respectivamente.

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No radar, o líder republicano no Senado dos Estados Unidos, Mitch McConnel, bloqueou a proposta do líder democrata na casa, Chuck Schumer, para aprovar de maneira rápida, por unanimidade, o aumento do pagamento individual do pacote de estímulo fiscal do país de 600 para 2.000 dólares. O projeto, que foi aprovado pela Câmara ontem, agora deverá ser aprovado no Senado por uma maioria de 60 dos 100 parlamentares para passar a valer. 

No domingo, o presidente Donald Trump já havia assinado o projeto de lei que prevê 892 bilhões de dólares em estímulos para a economia americana e que destina 1,4 trilhão de dólares para a continuidade do funcionamento de agências federais.

Na Europa, as principais bolsas registraram ganhos repercutindo ainda o acordo comercial do Brexit, expectativa por pacote de estímulo aprimorado nos EUA e campanha de vacinação contra covid-19 no continente. O índice FTSE 100, da bolsa de Londres, que ficou fechado ontem para um feriado local, subiu 0,76% hoje, enquanto o índice pan-europeu STOXX 600 registrou alta de 0,76%, na sua quinta sessão seguida de ganhos. 

"Investidores também estão animados com a China anunciando para 'breve' um acordo com a União Europeia", afirma Alvaro Bandeira, sócio e economista-chefe do banco digital modalmais. A conclusão do economista é de que, mesmo com o coronavírus no radar por causa das novas variantes, o mundo ficou um pouco mais calmo nos últimos dias do ano.

A busca por risco, consequência da calmaria, também se reflete no câmbio. O índice DYX, que mostra a relação do dólar contra uma cesta de moedas de países desenvolvidos, caía 0,38% às 18h27. Em relação ao real, o dólar fechou em baixa de 1,05%, em 5,18 reais, diminuindo os ganhos de ontem, quando chegou a saltar mais de 2% no pior momento do dia, exigindo intervenção do Banco Central.

No cenário interno, o IBGE divulgou esta manhã a taxa de desemprego no Brasil, que foi menor do que as expectativas do mercado. A taxa ficou em 14,3% nos três meses até outubro, enquanto a mediana das previsões em pesquisa da Reuters era de que a taxa ficaria em 14,7% no período.

Já no campo da inflação, o Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) encerrou 2020 com alta acumulada de 23,14%, no resultado mais elevado para um ano em 12 anos, segundo informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta terça-feira. A alta em 12 meses ficou bem acima da taxa de 7,30% com que o IGP-M terminou 2019, e é a mais forte desde 2002, quando o IGP-M subiu no ano 25,31%.

A meta central de inflação do governo para os preços ao consumidor neste ano é de 4%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos, medida pelo IPCA.

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