O Goldman Sachs revisou para baixo as estimativas para a economia brasileira (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 19 de agosto de 2011 às 18h22.
São Paulo – Os economistas ao redor do mundo estão neste momento debruçados sobre modelos e revisando, para baixo, as suas projeções para a economia global e de vários países. Ao mesmo tempo, os analistas do mercado financeiro fazem o mesmo com as estimativas para o desempenho das ações das empresas afetadas, por sua vez, pela expectativa menor para o crescimento das economias onde operam.
Esse argumento descrito acima responde em parte o novo soluço dos mercados financeiros internacionais nesta sexta-feira após o pânico visto na quinta-feira. A bolsa brasileira acompanhou o pessimismo e terminou o dia em queda de 1,29%, aos 52.447 pontos, após muita volatilidade. Em Nova York, o índice Dow Jones, o mais acompanhado em Wall street, recuou 1,57%. O S&P 500 caiu 1,5% e o Nasdaq 100 se desvalorizou em 1,62%.
Mais cedo, na Europa, as bolsas também cederam. O setor bancário continuou sendo o principal alvo dos investidores, com os crescentes custos de financiamentos às instituições. Em Londres, o FTSE 100 recuou 1,01%. Na Alemanha, o índice DAX perdeu 2,19%. Em Paris, o CAC 40 diminuiu em 1,92%. Em Milão, o MIB teve desvalorização de 2,46% e, em Madri, o Ibex-35 retrocedeu 2,11%.
Revisões
As principais equipes de análise do mundo deflagraram hoje mais uma rodada de revisões para o desempenho da economia global. Nesta manhã, o banco americano JPMorgan reduziu a sua estimativa para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA no quarto trimestre deste ano de 2,5% para 1,0%, e rebaixou a previsão para o primeiro trimestre de 2012 de 1,5% para 0,5%. O Citigroup cortou sua projeção para a expansão econômica americana de 1,7% para 1,6% em 2011, e de 2,7% para 2,1% em 2012.
O Brasil não escapou dos novos cálculos. O banco Goldman Sachs agora prevê que o PIB brasileiro crescerá 3,7% em 2011 e 3,8% em 2012, ante o crescimento de 4,5% e 4%, respectivamente, projetado anteriormente. Isso representaria uma desaceleração ainda mais acentuada na comparação com a expansão econômica de 7,5% do ano passado.