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Ibovespa cai quase 3% e vai a 101 mil pontos com revés na Previdência

Tom negativo prevalece com receio sobre desaceleração global e derrota do governo no destaque sobre abono

Bolsa: índice caiu em meio ao exterior desfavorável por receios sobre desaceleração da economia global (Germano Ludes/Exame)

Bolsa: índice caiu em meio ao exterior desfavorável por receios sobre desaceleração da economia global (Germano Ludes/Exame)

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Reuters

Publicado em 2 de outubro de 2019 às 10h30.

Última atualização em 2 de outubro de 2019 às 14h11.

São Paulo — O tom negativo prevalece na bolsa paulista nesta quarta-feira, com o Ibovespa tocando mínimas em cerca de um mês, mais uma vez com bancos entre as maiores pressões de baixa e cena externa desfavorável, enquanto o Senado brasileiro aprovou em 1º turno a reforma da Previdência, mas prevendo menor economia que o previsto.

Às 14h, o Ibovespa caía 2,82%, a 101.123 pontos. Na mínima até o momento, chegou a 101.660,39 pontos, menor patamar intradia desde 5 de setembro. O giro financeiro no pregão somava 5,6 bilhões de reais.

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Wall Street mostrava fortes perdas nesta sessão, com o S&P 500 em baixa de 1,7%, com novos dados reforçando as preocupações com o ritmo da economia norte-americana e os efeitos do embate comercial entre os Estados Unidos e a China. O Dow Jones caía 1,6%.

O Relatório Nacional de Emprego da ADP divulgado nesta quarta-feira mostrou que os empregadores privados nos EUA criaram 135 mil postos de trabalho em setembro. Economistas consultados pela Reuters previam a criação de 140 mil vagas.

Para a equipe da Elite Investimentos, o Ibovespa é contaminado pela volta do temor externo sobre uma possível recessão na maior economia do mundo. "Os dados de criação de emprego no setor privado dos EUA vieram piores do que as projeções e azedaram o humor no mercado."

No Brasil, senadores aprovaram na noite de terça-feira o texto-base da PEC da reforma da Previdência em primeiro turno, mas também aprovaram um destaque que derrubou novas regras mais rígidas sobre o abono salarial e diminuiu a economia prevista com a reforma.

Destaques

- BRADESCO PN e ITAÚ UNIBANCO PN perdiam 3,2% e 2,7%, respectivamente, entre as maiores pressões de baixa do Ibovespa, com o setor bancário como um todo no vermelho. No radar, também estava reportagem publicada pelo portal "Uol" citando que investigadores da Lava Jato agora apuram se os grandes bancos citados em fases da operação também são responsáveis pelos crimes cometidos. Na reportagem, as instituições reiteram compromisso com regras de prevenção à lavagem de dinheiro. BANCO DO BRASIL ON recuava 3% e SANTANDER BRASIL UNIT tinha queda de 1,75%.

- VALE ON mostrava declínio de 3%, também entre os maiores pesos negativos no Ibovespa, em meio às preocupações com uma desaceleração da atividade global e potencial efeito na demanda por commodities. Entre as siderúrgicas, CSN ON caía 0,8%, GERDAU PN perdia 3,7% e USIMINAS PNA tinha recuo de 2,7%.

- PETROBRAS PN recuava 1,7%, contaminada pela venda generalizada na bolsa paulista, além da fraqueza dos preços do petróleo no mercado externo.

- ELETROBRAS PNB perdia 3,6%, mais uma vez afetada por preocupações sobre potenciais dificuldades no processo de capitalização esperado para a elétrica de controle estatal, por meio do qual a companhia seria desestatizada. ELETROBRAS ON caía 3,3%.

- MARFRIG ON subia 2,3%, entre as poucas altas do índice na sessão, dando sequência à valorização dos últimos pregões, enquanto JBS ON caía 2,6% e BRF ON cedia 1,6%. MINERVA ON, que não está no Ibovespa, avançava 4,2%, tendo renovando máximas desde janeiro de 2018 no melhor momento, após a companhia assinar um memorando para formar uma joint venture com dois empresários chineses focada em distribuição de carne bovina na China.

- AREZZO ON valorizava-se 3,3%, entre as poucas altas do índice Small Caps, tendo no radar acordo segundo o qual será distribuidora exclusiva de calçados, vestuário e acessórios da marca Vans no território brasileiro.

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