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Ibovespa cai quase 2% por incertezas sobre Previdência

O Ibovespa fechou em queda de 1,94%, a 72.700 pontos, menor patamar de fechamento em duas semanas

B3: as oscilações do mercado têm sido fortemente influenciadas pelo noticiário político (Germano Lüders/Exame)

B3: as oscilações do mercado têm sido fortemente influenciadas pelo noticiário político (Germano Lüders/Exame)

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Reuters

Publicado em 29 de novembro de 2017 às 18h49.

São Paulo- O principal índice da bolsa paulista caiu quase 2 por cento nesta quarta-feira e voltou a ficar abaixo dos 73 mil pontos, com o aumento das incertezas em torno das negociações sobre a reforma da Previdência.

O Ibovespa fechou em queda de 1,94 por cento, a 72.700 pontos, menor patamar de fechamento em duas semanas. O giro financeiro do pregão somou 9,72 bilhões de reais.

As oscilações do mercado têm sido fortemente influenciadas pelo noticiário político. Nesta sessão, as declarações do ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, motivaram cautela.

O ministro afirmou que o PSDB não está mais na base do governo e disse ainda que não vê possibilidade de novas concessões sobre a reforma da Previdência, embora tenha destacado que o governo espera uma votação da proposta na Câmara dos Deputados já na próxima semana.

"Os comentários vieram para alimentar mais a incerteza... O lado político continua com a indefinição", disse o sócio analista da Eleven Financial, Raphael Figueredo, acrescentando que o humor do pregão foi pressionado ainda pela queda nos preços do petróleo, que derrubaram as ações da Petrobras.

Também reforçando a visão de dificuldade diante do calendário apertado, o líder do governo na Câmara, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), afirmou no fim da tarde que o prazo limite para votar a reforma da Previdência neste ano é a penúltima semana de trabalhos no Congresso, ou seja, 15 de dezembro, já que os últimos dias de sessões do Lesgislativo serão dedicados à votação do Orçamento.

Destaques

- CPFL ENERGIA ON caiu 6,89 por cento, liderando as perdas do Ibovespa, na véspera da oferta pública de aquisição (OPA) das ações pela chinesa State Grid. O prazo para definir a titularidade das ações para participar da OPA venceu na sexta-feira, reduzindo a liquidez dos papéis, uma vez que as ações negociadas esta semana ficam de fora da oferta.

- PETROBRAS PN caiu 3,22 por cento e PETROBRAS ON teve baixa de 2,27 por cento, em sessão negativa para os preços do petróleo no mercado internacional. [O/R]

- ITAÚ UNIBANCO PN perdeu 2,06 por cento e BRADESCO PN teve baixa de 1,91 por cento. BANCO DO BRASIL ON cedeu 4,53 por cento, após o Citi cortar o preço-alvo da ação do banco de 42 para 39 reais.

- VALE ON recuou 1,52 por cento, na contramão dos contratos futuros do minério de ferro na China, que fecharam em alta, mas com os ganhos recentes da ação abrindo espaço para ajustes. O papel subiu em sete dos últimos oito pregões, período em que acumulou ganhos de 12,7 por cento.

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