Painel de cotações na B3 (Germano Lüders/Exame)
Guilherme Guilherme
Publicado em 25 de maio de 2022 às 10h34.
Última atualização em 25 de maio de 2022 às 16h46.
Ibovespa hoje: o principal índice da bolsa brasileira acompanha o mercado americano e passa a operar em terreno positivo nesta quarta-feira, 25, após a divulgação da ata da última reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed, banco central americano), realizada no último dia 4 de maio.
O documento não trouxe muitas novidades em relação ao que foi dito na última reunião, que aumentou a taxa em 0,5 pontos percentuais (p.p.). O tom foi duro, mas em linha com o esperado por investidores, que reagiram positivamente à divulgação. Nos Estados Unidos, os três principais índices operam em forte alta.
O documento mostrou que as autoridades do Fed veem a necessidade de aumentar rapidamente a taxa de juros para conter as recentes pressões inflacionárias, porém, as elevações devem manter o ritmo de 0,5 p.p., afastando a preocupação de um ajuste mais apertado, de 0,75 p.p., já na próxima reunião.
A expectativa de Gustavo Cruz, estrategista da RB Investimentos, é de que ocorram novas altas de 0,5 p.p. em todas as reuniões do ano, encerrando 2022 na faixa de 3,5%. “É um ritmo que fica bem claro após essa ata, alinhando as expectativas”, afirmou.
A busca por títulos do Tesouro americano, considerados os mais seguros do mundo, segue em alta, com a migração de ativos de risco para defensivos. O dólar, que caiu por dois dias no mundo após falas da presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, voltou a subir contra moedas desenvolvidas. Contra o real, no entanto, a moeda americana opera perto da estabilidade, com o real buscando acompanhar a melhora da bolsa.
Ações da Petrobras se recuperam das perdas do último pregão, marcado pela reação de investidores à nova troca de comando na estatal. Mas a alta é insuficiente para impedir a queda do Ibovespa.
Na ponta negativa, as ações de empresas financeiras superam 3%. Grandes bancos, com grande peso no índice, exercem pressão contrária neste pregão.
Entre as maiores altas o destaque estão com as ações da MRV, que saltam cerca de 5%, após recomendação do Credit Suisse. Os analistas do banco decidiram ainda um novo preço-alvo para a ação, passando de R$ 15 para R$ 16, o que representa um potencial de valorização (upside) de 12%. O valor considera o preço de fechamento da véspera, quando a ação era negociada a R$ 9,40.